quinta-feira, 21 de junho de 2012

MANAGER II



 1 INTRODUÇÃO
O mercado de ações é um ambiente público e organizado onde são negociados títulos mobiliários (ações, opções de ações etc.) sendo que as transações podem ocorrer por intermédio das bolsas de valores ou nos chamados mercados de balcão (mercados em que são comercializados títulos não negociados em bolsas, dentro das normas legais previstas em lei e regulamentos, sem coordenação de entidades privadas de auto-regulação).
Atualmente a maioria das operações no mercado acionário ocorre por intermédio das bolsas de valores. Para investir em ações é necessário que o investidor busque uma corretora com funcionários especializados em orientar a seleção dos papéis de acordo aos objetivos definidos pelo aplicador.
No Brasil, a única bolsa de valores de mercadorias e futuros em operação é a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBOVESPA), com sede em São Paulo.
O mercado acionário do país é controlado por um órgão ligado ao governo federal, uma autarquia especial: a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é responsável por disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de valores mobiliários.
 2 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN) - ORIGEM
O Sistema Financeiro do Brasil foi iniciado no fim do período colonial. Em1808 foi fundado o Banco do Brasil e após a reforma institucional deu-se origem ao Conselho Monetário Nacional, ao Banco Central do Brasil, em 1964, e a regulamentação do mercado de capitais, que passaram por reformulações até a redefinição de todo o sistema e autoridades monetárias nacionais e a criação dos bancos múltiplos.
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é definido como sendo o conjunto de instituições e órgãos que regulam, fiscalizam e executam as operações relativas à circulação da moeda e do crédito.
O Sistema Financeiro Nacional é composto por um grupo de instituições financeiras públicas e privado que têm como órgão máximo o Conselho Monetário Nacional (CMN).
O Sistema Financeiro Nacional é operado pelas seguintes instituições normativas:
- Conselho Monetário Nacional (CMN): órgão deliberativo de cúpula do SFN, sendo suas principais atribuições: estabelecimento de diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regulamento das condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras; disciplina de instrumentos de política monetária e cambial, dentre outras. O CMN é constituído pelos Ministros da Fazenda, Planejamento e Presidente do Banco do Central do Brasil.
- Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): órgão máximo do Sistema Nacional de Seguros Privados, sendo responsável pelo estabelecimento de normas aplicáveis às atividades de seguros no Brasil.
- Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC): integrante da estrutura do Ministério da Previdência Social é órgão colegiado ao qual compete regular, normatizar e coordenar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão).
Além dessas instituições normativas, citadas acima, o SFN e o Bacen, também é composto por entidades operativas que são os bancos múltiplos, comerciais, de investimento e desenvolvimento, caixas econômicas financeiras, sociedade de crédito imobiliário, bolsas de valores, corretoras, distribuidoras, agentes autônomos de investimento, seguradoras, leasing, factoring e consórcios.
3 MERCADO DE CAPITAIS
Antes da década de 60 os principais investimentos dos brasileiros eram em ativos reais (imóveis), evitando aplicações em títulos públicos ou privados. Algumas leis tiveram maior importância para o mercado de capitais e para a economia nacional, e foram elas que deram uma reestruturação no mercado financeiro: a Lei nº 4.537/64, que instituiu a correção monetária, através da criação da ORTN, a Lei nº 4.595/64, denominada lei da reforma bancária, que reformulou todo o sistema nacional de intermediação financeira e criou o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central e, principalmente, a Lei nº 4.728, de 14.04.65, primeira Lei de Mercado de Capitais, que disciplinou esse mercado e estabeleceu medidas para seu desenvolvimento. A edição destas leis resultou em diversas modificações no mercado acionário, tais como: a reformulação da legislação sobre Bolsa de Valores, a transformação dos corretores de fundos públicos em Sociedades Corretoras, forçando a sua profissionalização, a criação dos Bancos de Investimento, a quem foi atribuída a principal tarefa de desenvolver a indústria de fundos de investimento.
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É um mercado de emprestadores e tomadores de empréstimos, sendo que o valor da remuneração dos empréstimos é chamado de juro ou, em termos percentuais, de taxa de juros.
O mercado de capitais é formado pelo conjunto de instituições e operações ocupadas com o fluxo de recursos monetários entre os agentes econômicos. É ainda constituído pelas Bolsas de Valores, Sociedades Corretoras e outras instituições financeiras autorizadas.
As operações no mercado de capitais usualmente são de longo prazo e podem envolver a compra de participação acionária no empreendimento e no mercado de capitais os principais títulos negociados são os representativos do capital de empresas (ações) ou de empréstimos feitos via mercado por empresas sem participação de intermediários bancários.
Uma empresa em fase de crescimento necessita de recursos para financiar seus projetos de expansão. O ideal seria que a empresa tivesse acumulado superávits no passado para poder financiar suas expansões com recursos próprios. Entretanto, muitas vezes esta condição não pode ser satisfeita. Outra possibilidade para a empresa manter seu programa de investimento sem se submeter ao mercado de crédito é a abertura de seu capital pela emissão de ações. Os recursos oriundos de emissão de ações são devolvidos ao investidor através da distribuição de dividendos e da retenção de lucros que, se forem adequadamente reaplicados, valorizarão o preço das ações no mercado. O mercado de ações, segmento do mercado de capitais que opera com títulos de renda variável, objetiva canalizar recursos para as empresas através do capital de risco.

4 MERCADO DE AÇÕES - VALORES MOBILIÁRIOS

O mercado financeiro é bem extenso e propicia uma gama de alternativas para você investir seu dinheiro e obter seus rendimentos.
4.1 NO MERCADO DE AÇÕES EXISTE UM TERMO CHAMADO VALORES MOBILIÁRIOS PREDOMINANTEMENTE VALORES NEGOCIADOS DENTRO DA BOLSA DE VALORES E QUE PROPORCIONAM AS MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS A TODOS OS INVESTIDORES.

Nele você negocia ações, contratos, debêntures e quotas de fundos de investimento.
Existem os chamados cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários, os certificados de depósito interbancários de valores mobiliários, as cotas de fundos de investimento em valores mobiliário:
 4.1.1 Ações
 Valores representativos de uma parcela da empresa onde se podem negociar contratos. São cotas de uma empresa de patrimônio aberto distribuídas a seus investidores. A compra de uma ação permite que o pequeno investidor tenha direitos sobre uma parte da empresa pela aquisição de seu valor e assim tenha direitos como, por exemplo, os “dividendos”.
 4.1.2 Debêntures
 São títulos de captação de recursos pelas empresas. Esses valores representam a dívida de médio ou longo prazo de uma determinada empresa e quem os possui tem o direito de exercer crédito contra a companhia e a seu favor. As empresas lançam debêntures para a captação de seus próprios recursos de capital.
4.1.3 Recibos de subscrição e certificados
Ou também direito de subscrição que permite ao detentor desse valor comprar uma quantidade de ações a um preço até uma data determinada. Os detentores de direitos e subscrição poderão comprar novas ações após a empresa realizar um aumento de capital.
4.1.4 Certificados de depósito interbancários de valores mobiliários (CDI’s)
São os títulos de emissão das instituições financeiras em suas operações financeiras internas. São iguais ao CDB, mas restrita entre os bancos apenas. A função é a transferência de recursos entre os bancos para o equilíbrio dos fundos de investimento mantidos para cada instituição.

4.1.5 Fundos de Investimento

No Brasil, além da classificação estabelecida pela CVM, existe uma subclassificação feita pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID), entidade representante de instituições que atuam na gestão e administração de fundos de investimento e outros serviços relacionados ao mercado de capitais.
A classificação da CVM para os fundos mais ofertados ao público está descrita na Instrução CVM nº 409/2004.
Principais classes de fundos de investimento (regulamentados pela instrução CVM 409/04):
4.1.5.1 Fundos de curto prazo
São fundos cuja rentabilidade geralmente está associada às taxas SELIC ou CDI e considerados mais conservadores quanto ao risco, sendo compatíveis com objetivos de investimento de curto prazo, pois suas cotas são menos sensíveis às oscilações das taxas de juros. O crédito do resgate costuma se der no mesmo dia da solicitação.
4.1.5.2 Fundos Referenciados
Este tipo de fundo procura acompanhar a variação das taxas de juros, pode se beneficiar de um cenário de alta dessas taxas. Geralmente o crédito do resgate se dá no mesmo dia da solicitação.
4.1.5.3 Fundos de Renda Fixa
É o tipo de investimento que possui uma remuneração ou um retorno de capital investido dimensionado no momento da aplicação. O investimento pode não só ser econômico, como também pode ser um trabalho (administrativo ou manual), ou qualquer outro tipo de serviço a favor de um empreendimento ou corporação. Um exemplo de renda fixa seria o salário de um operário, ou qualquer outro tipo de trabalhador.
Em finanças, Renda Fixa pode ser o nome do tipo de rendimento obtido por um investimento em títulos do mercado financeiro (chamado de aplicação financeira no Brasil). Existe ainda a Renda Variável, proveniente da aplicação / investimento em títulos mobiliários de risco, como as ações e os fundos mútuos de ações.
4.1.5.4 Fundos de Ações
São também chamados de fundos de renda variável e devem investir, no mínimo, 67% de seu patrimônio em ações negociadas em bolsa ou mercado de balcão organizado. Alguns fundos deste tipo têm como objetivo de investimento acompanhar ou superar a variação de um índice do mercado acionário, tal como o IBOVESPA (INDICE Bolsa de Valores de São Paulo) ou o IBX (INDICE BRASIL).
4.1.5.5 Fundos Cambiais
Devem manter, no mínimo, 80% de seu patrimônio investido em ativos que sejam relacionados, direta ou indiretamente (via derivativos), à variação de preços de uma moeda estrangeira, ou a uma taxa de juros denominada cupom cambial. Os mais conhecidos são os chamados Fundos Cambiais Dólar, que buscam acompanhar a variação de cotação da moeda americana.
4.1.5.6 Fundos de Dívida Externa
Devem aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos brasileiros negociados no mercado internacional e podem utilizar derivativos, negociados no Brasil ou não, com o objetivo exclusivo de proteção. Os 20% restantes podem ser aplicados em outros títulos de crédito transacionados no exterior.
Os títulos componentes de sua carteira são mantidos fora do país. Para o investidor no Brasil, este fundo é uma forma ágil e de baixo custo operacional para aplicar em papéis do governo brasileiro negociados no exterior.
4.1.5.7 Fundos Multimercado
Devem apresentar política de investimento que envolva vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial, podendo investir em ativos de diferentes mercados - como renda fixa, câmbio e ações - e utilizar derivativos tanto para alavancagem quanto para proteção da carteira.
Considerados os fundos com maior liberdade de gestão, buscam rendimento mais elevado em relação aos demais, mas também apresentam maior risco, sendo, portanto, compatíveis com objetivos de investimento que, além de procurar diversificação, tolerem uma grande exposição a riscos na expectativa de obter uma rentabilidade mais elevada.

5 BOLSA DE VALORES – ORIGEM E FUNÇÕES
No decorrer da Idade Média, as operações financeiras resumiam-se na compra e venda de moedas e metais preciosos. Os negócios nesse período ainda eram de pequena monta, pela escassez de capital e falta de crédito. Quando a Bolsa de Valores de Amsterdã foi inaugurada em 1963, a palavra bilhão talvez não existisse. Algumas poucas iniciativas de associação de capitais movimentavam recursos financeiros. Foi somente a partir de 1964, com as leis de Reforma Bancária e do Mercado de Capitais, que as Bolsas de Valores, do Brasil, assumiram as funções básicas que possuem atualmente.
As bolsas de valores, de acordo com o disposto na Resolução nr. 2.690 de 28.01.2000, do CMN, constituem-se como associações civis, sem fins lucrativos ou sociedades anônimas, e têm objetivo social, entre outros, manter local adequado ao encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros, pela autoridade monetária e, em especial, pela CVM. Além dessas funções básicas, as bolsas de valores propiciam liquidez às aplicações, fornecendo, concomitantemente, um preço de referência para os ativos ali negociados, por intermédio de um mercado contínuo, representado por seus pregões diários.
A principal função de uma bolsa de valores é proporcionar um ambiente transparente e líquido, adequado à realização de negócios com valores mobiliários. Somente através das corretoras os investidores têm acesso aos sistemas de negociação para efetuarem suas transações de compra e venda desses valores.
Outras funções das Bolsas de Valores, que merecem atenção, por tratar não somente dos benefícios daqueles que detêm ações, mas por todos os indivíduos da sociedade. As bolsas de valores fornecem um excelente ambiente para as empresas levantarem capital para expansão de suas atividades através da venda de ações, e outros valores mobiliários, ao público investidor.
As bolsas de valores além de seu papel básico de oferecer um mercado para a cotação dos títulos nelas registrados, orientar e fiscalizar os serviços prestados por seus membros, facilitar a divulgação constante de informações sobre as empresas e sobre os negócios que se realizam sob seu controle, as bolsas de valores propiciam liquidez às aplicações de curto e longo prazos, por intermédio de um mercado contínuo, representado por seus pregões diários. É por meio das bolsas de valores que se pode viabilizar um importante objetivo de capitalismo moderno: o estímulo à poupança do grande público e ao investimento em empresas em expansão, que, diante deste apoio, poderão assegurar as condições para seu desenvolvimento.
5.1 BOLSAS DE VALORES
O Brasil já contou com nove bolsas de valores, mas hoje as principais são a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A BM&F se destaca entre as maiores bolsas de mercadorias e futuros do mundo e nela são negociados ativos financeiros no chamado mercado futuro de commodities agropecuárias, entre outros.
Já a Bovespa, fundada em 23 de agosto de 1890, tem uma longa história de serviços prestados ao mercado de capitais e à economia brasileira, sendo a maior bolsa da América Latina e uma das maiores do mundo, e nela são negociados principalmente as ações de companhias abertas e títulos privados de renda fixa, entre outros valores mobiliários.
Sendo que estas forças do mercado financeiro se fundiram para aumentar a captação de investimentos dinamizando todo o processo, isso em tempo atual.
5.2 ÍNDICE – IBOVESPA
O objetivo de um índice de preços de um ativo, produto ou de um conjunto de ativos, produtos é, de um modo geral, indicar o histórico de comportamento destes preços, dentro do intervalo de tempo em que eles estiverem sendo observados.
O Índice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro, sendo sua relevância advinda do fato de o Ibovespa retratar o comportamento dos principais papéis negociados na Bovespa e também de sua tradição, pois o índice manteve a integridade de sua série histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação, em 1968.
Explica que o índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 02/01/1968, a partir de uma aplicação hipotética. Ainda supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras, tais como os dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação.
O índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes.
5.3 DEFINIÇÃO DE AÇÕES
A ação é um título representativo da fração unitária do capital social de uma sociedade anônima ou companhia, denominação deste tipo de empresa na legislação brasileira, conferindo a seu proprietário o direito de participação nessa sociedade. Uma maneira de as empresas obterem fundos em um mercado financeiro é emitindo ou vendendo ações ao público.
Uma ação, para Bovespa é um título que implica um direito sobre os ganhos e os ativos de uma empresa. É representada pela menor parcela do capital social de uma sociedade por ações e ainda são títulos de renda variável, porque tanto os seus rendimentos quanto seu próprio valor não são previamente fixados.
O detentor de uma ação (acionista) não é um credor da empresa, mas sim um de seus proprietários e, como tal possui direito à participação nos resultados da empresa proporcionalmente ao número de ações que detém.
5.3.1 Espécies e forma de ações
As ações podem ser ordinárias, com direito a voto, ou preferenciais, com direito de preferência sobre os lucros a serem distribuídos aos acionistas, seja na forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio, sendo que após o Plano Collor, todas as ações passaram a ser obrigatoriamente emitidas na forma nominativa ou escritural.
5.3.1.1 Ações Ordinárias
Conceituam as ações ordinárias como sendo aquelas que conferem ao seu titular o direito de voto na Assembleia de Acionistas e, portanto, de determinar o destino da empresa.
As ações ordinárias de uma empresa podem ser possuídas por um único indivíduo, por um grupo relativamente pequeno de pessoas, tais como uma família, ou ser propriedade de um número amplo de pessoas não relacionadas entre si e/ou investidores institucionais.
5.3.1.2 Ações Preferenciais
As ações preferências atribuem a seus titulares certas vantagens ou preferências que são:
Prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele;
Prioridade no recebimento de dividendos, de acordo com pelo menos um dos seguintes privilégios mínimos, fixados em estatuto:
a) direito de participar em uma parcela de pelo menos 25% do lucro líquido do exercício;
b) direito ao recebimento de um dividendo de pelo menos 10% maior do que o atribuído às ações ordinárias;
c) direito de receber um dividendo pelo menos igual ao das ações ordinárias e cumulativamente o direito de serem incluídas na oferta pública de alienação de controle em igualdade de condições com as ações ordinárias não integrantes do bloco de controle.
Classificação das ações ordinárias e preferenciais quanto à forma de circulação em nominativas e escriturais.
 5.3.1.3 Ações Nominativas
São aquelas cujos certificados identificam seu titular, também inscrito no Livro de Registro de Ações Nominativas. A transferência entre titulares exige o expresso consentimento do acionista vendedor e a inscrição do acionista comprador no Livro de Transferência de Ações Nominativas;
5.3.1.4 Ações Escriturais
Não são representadas por certificados, sendo títulos mantidos em conta de depósito, em nome de seus titulares, na instituição financeira que o estatuto da empresa designar, a propriedade da ação escritural é presumida pelo registro na conta de depósito de ações. Esta modalidade de ação objetiva difundir a propriedade de ações nominativas, facilitar a circulação - proporcionada pela transferência mediante ordem à instituição financeira e registro dessa transação -, e eliminar os custos com a emissão de certificados.

5.4 DIREITOS CONFERIDOS PELAS AÇÕES
A Lei N° 6.404/76, que regulamenta o funcionamento das sociedades anônimas, confere aos acionistas a lucratividade das ações: quem possui ações lucra ao receber dividendos, bonificações, e pela valorização do preço das ações na bolsa de valores; o valor da ação o recebimento de dividendos e bonificações, e direitos de subscrição no caso de a empresa pretender aumentar seu capital pela captação de novos recursos. A seguir algumas características relevantes do mercado acionário e suas vantagens.
5.4.1 O valor da ação
Tem por base o valor do patrimônio da companhia. O preço de compra e venda da ação é dado pelo mercado, variando em função do desempenho financeiro da empresa, bem como da conjuntura econômica doméstica e internacional;
5.4.2 Os dividendos
São os ganhos referentes a parcela distribuídas do lucro líquido apurado no fim de cada exercício, na proporção de quantidades de ações possuída, os dividendos são decorrentes da distribuição de uma parcela do lucro da empresa aos acionistas, sendo pagos em dinheiro. O dividendo se constitui na renda do investimento em ações, contribuindo decisivamente para o valor da ação.
5.4.3 As bonificações
São as novas ações distribuídas por uma empresa a seus acionistas, podendo ser excepcionalmente feita em dinheiro; acontece em decorrência do aumento do capital da sociedade anônima, realizado com a incorporação de reservas ao capital da empresa, é feita uma distribuição de ações aos acionistas na forma de bonificação.
5.4.4 A subscrição de novas ações
 O acionista tem prioridade nas compras das novas ações de uma empresa, ou seja, tem o direito de preferência na subscrição, assim o acionista pode manter a mesma participação que já possui no capital total, contar com um ganho adicional dependendo das condições do lançamento e ainda pode vender esse direito a terceiro.
O investimento no mercado acionário advém da expectativa de ganhos decorrentes do rendimento das ações adquiridas e de sua valorização no mercado. "Quem compra ações, mesmo inconscientemente, especula sobre a possibilidade de rendimentos futuros, o comportamento do mercado e a possibilidade de valorização do papel”.
A avaliação do investimento em ações é explicada pelas correntes fundamentalista e técnica. Na realidade, os métodos defendidos por estas correntes de pensamento são complementares e dificilmente utiliza-se exclusivamente um dos dois métodos. É usual o emprego simultâneo destas técnicas, onde "a análise fundamentalista é adequada para a seleção daquelas ações que devem ser compradas, enquanto a análise técnica serve para determinar a ocasião em que devem ser compradas". Pela combinação destes métodos, mais precisas serão as possibilidades de maximizar ganhos e minimizar perdas em uma carteira de ações.
A hipótese admitida pela análise fundamentalista é a existência de um valor natural ou intrínseco para cada ação o valor intrínseco de uma ação como sendo aquele dado pela remuneração efetiva mais a remuneração potencial do investimento; desta forma, o valor intrínseco de uma ação está correlacionado com o desempenho da companhia emissora.
A análise técnica assume que os preços das ações apresentam tendência de movimento condicionada a uma dependência significativa dos preços observados no passado. Baseada na hipótese de que "a história se repete" essa abordagem procura explicar as oscilações dos preços dos títulos pela própria evolução desses preços no mercado, realizando previsões sobre o comportamento futuro da precificação das ações.
5.6 MERCADO À VISTA
Mercado à vista é a compra e venda de ações a preço estabelecido em pregão, onde o comprador desembolsa o valor financeiro da operação e o vendedor entrega os títulos da transação. O preço de cada papel é formado a partir da interação entre as forças de oferta e demanda durante o pregão. Isto requer a intermediação de uma corretora que utilize o sistema eletrônico mega bolsa que é o sistema eletrônico que englobou o pregão viva voz e os terminais remotos, para o cruzamento das ofertas de compra e venda. Nestas ordens incidem a taxa de corretagem pela intermediação do negócio, os emolumentos e as taxas de liquidação.
5.7 LIQUIDAÇÃO
O pagamento, recebimento e transferência das ações são realizados pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), criada em 1997. A partir da cisão da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). Para operações de venda no mercado a vista as ações devem estar na conta de custódia do vendedor, para a entrega ao comprador no prazo estabelecido.
5.8 CORRETORA
As sociedades corretoras são instituições credenciadas pelo Banco Central, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pala própria Bovespa. Estão habilitadas a negociar valores mobiliários em pregão. O investidor tem liberdade para escolher a corretora de sua preferência sendo importante alguns requisitos básicos tais como:
a.            Tradição e solidez da corretora como administradora de recursos;
b.            Idoneidade da equipe administradora;
c.            Capacidade de orientar o investidor e indicar as melhores alternativas e os momentos certos para a realização dos negócios;
d.            Competência e ética para atender as necessidades dos investidores.
Para comprar e vender ações o investidor precisa abrir uma conta em uma corretora apresentando os documentos básicos, podendo ter conta em mais de uma corretora.
5.9 ANÁLISE DE RISCOS
No segmento do mercado acionário, a análise dos riscos é fundamental e imprescindível, em virtude de que com estas informações as aplicações se torna mais viáveis. Observar o mercado econômico, bem como analisar a saúde financeira das empresas que compõem uma determinada carteira de ações, faz parte de uma análise de riscos, no sentido de buscar a precaução, antes mesmo da compra.
Um fato real, e que introduz uma nova dimensão na análise de projetos de investimento, é a incerteza. Esta tem origem na impossibilidade de se controlarem os eventos futuros. Pode-se fazer previsão sobre os eventos futuros, mas não se pode determinar exatamente quando e com que intensidade eles irão ocorrer.
O risco, em seu sentido fundamental, como a possibilidade de um prejuízo financeiro ou possibilidade de que os resultados realizados possam diferir daqueles esperados. É um conceito subjetivo e pode ser definido como “probabilidade de perda” ou a possibilidade do investidor de não conseguir atingir os objetivos de investimento que todo ativo, seja uma ação, seja um contrato que embute uma taxa de juro, tem um valor pelo qual pode ser negociado no mercado e possui variação periódica, onde, quanto mais variaram o valor desse ativo, mais riscos eles contêm. Essa é uma das medidas mais eficientes de risco de uma aplicação e, no jargão do mercado, essa oscilação do retorno de cada ativo é chamada volatilidade.
5.10 OS INVESTIDORES
Os investidores são indivíduos ou instituições que aplicam recurso em busca de ganhos a médio e longo prazo, que operam nas bolsas por meio de Corretoras e distribuidoras de valores, que executam suas ordens e recebem corretagens pelo seu serviço.
Ao investir que se deve ter um objetivo em mente, como garantir recursos para a aposentadoria, compra de imóvel, educação dos filhos ou simplesmente ter uma reserva para despesas imprevisíveis (saúde, desemprego etc), pois a importância de se ter um objetivo deve-se à necessidade de estabelecer os contornos ou parâmetros do investimento, como horizonte de retorno, grau de risco, necessidade de liquidez, tributação, entre outros.
O brasileiro está mudando a forma de aplicar seu dinheiro. Nunca se falou tanto de investimento em ações ou de alternativas de aplicação em renda fixa, como Tesouro Direto, debêntures ou FDICs, que tragam uma rentabilidade mais atrativa do que as opções mais tradicionais. Os seguidos cortes na taxa Selic e o conseqüente efeito sobre o rendimento das alternativas de investimentos mais populares no Brasil (como caderneta de poupança e fundos DI e de renda fixa) são os principais fatores por trás dessa busca por novas opções de investimento.

5.10.1 Investidor x Especulador

A especulação é a negociação em mercado com o objetivo de ganho, em geral em curto prazo. Em contrapartida ao investidor, que usualmente espera o retorno em longo prazo, um especulador é aquele que este constantemente conectado a bolsa realizando operações de compra e venda de ações.
5.11 ANÁLISE FUNDAMENTALISTA E GRAFISTA
Nesta discussão de forma de avaliar potencial de ações, há duas escolas bastante distintas: a da análise fundamentalista e a da grafista que se reconfiguram de acordo a necessidade atual do mercado.
5.11.1 Fundamentalistas
Os Fundamentalistas se preocupam com os dados reais da empresa, como produtividade, modernidade da planta, livros contábeis, resultados, posição no mercado, mercado de seus produtos, inserção na economia internacional, nível de endividamento, capacidade de crescimento dadas as expectativas macroeconômicas do país entre outros. Com base então nestes dados concretos, avaliados de forma objetiva, o analista estima quando a ação deverá estar num determinado período. Geralmente investidores são fundamentalistas.
Os fundamentalistas se preocupam com avaliações onde todas devem ser quantificadas, ou seja, avaliadas em números, que devem refletir crescimento esperado e comportamento das receitas e despesas.
5.11.2 Grafistas
Os grafistas, por sua vez, avaliam o que se deve esperar de uma determinada ação a partir de seu desempenho passado, e a partir de uma suposta repetição de padrão de comportamento que ocorre com qualquer ativo financeiro. Estes analistas tomam suas decisões de compra e venda de ativos apenas olhando o comportamento dos gráficos, e, acredite, até mesmo dizem não se importar em saber qual é a ação ou qual o ativo financeiro que está sendo analisado! Especuladores geralmente são grafistas, ou seja, onde o investidor trabalha com uma posição venda / compra ganhando (ou perdendo) dinheiro em curtíssimo prazo.
Apenas o gráfico interessa, dizem estes profissionais. É algo mais impalpável de entender para a maioria dos mortais. E muitas vezes passa a imagem da profecia auto-realizável: se todos acreditam que um tipo de gráfico indica a queda de uma ação, o papel acaba caindo mesmo.
5.12 COMO INVESTIR NO MERCADO DE AÇÕES
Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos em um investimento: retorno, prazo e proteção. Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de risco. A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir o nível de risco que está disposto a correr em função de obter uma maior ou menor lucratividade
5.13 CARACTERÍSTICAS DAS AÇÕES
As ações apresentam diferentes características, dependendo dos objetivos das empresas que representam dos setores em que estas empresas atuam e do estágio de desenvolvimento em que elas se encontram. Desta forma, podemos classificá-las em diversas categorias, e entre elas, podemos destacar: as ações cíclicas, de crescimento, de valor, as exportadoras e as de consumo.

5.13.1 Cíclicas

Determinadas empresas possuem desempenho caracterizado como cíclica, porque o preço dos seus produtos apresenta variações expressivas em função de forte aumento da demanda ou produção. Atualmente, por exemplo, o crescimento econômico da China tem gerado uma alta no preço das commodities. Esse movimento tem um reflexo direto na cotação das ações dessas empresas, que experimentam um período de altas consecutivas.

5.13.2 Crescimento

As ações de crescimento (growth stocks) são aquelas de empresas que atuam em setores que exigem constante reinvestimento de lucros, de forma a financiar a expansão dos negócios. Normalmente são empresas que estão em ciclo inicial de construção de seu negócio e todo resultado gerado é aplicado no seu crescimento. Desta forma, são empresas que pagam pequenos dividendos. Por isso, a principal forma de retorno para o investidor neste tipo de ação é por meio de valorização do preço do papel.

5.13.3 Valor

As ações de valor (value stocks) são opostas às ações de crescimento. São ações de empresas que atuam em setores maduros da economia, são líderes de seus mercados e podem estabelecer uma política agressiva de distribuição de seu lucro, sob forma de dividendos ou juros sobre capital próprio.

5.13.4 Exportadoras

As empresas exportadoras se caracterizam por ter uma forte receita em moeda estrangeira. Por isso, investimento em ações de empresas exportadoras é particularmente interessante em cenários de desvalorização cambial ou recessão no mercado interno. Por terem sua receita relacionada com a cotação de uma moeda estrangeira essas ações são consideradas um hedge (proteção) contra a alta desta moeda. Mas cuidado, pois as receitas de empresas exportadoras também dependem dos preços de seus produtos no mercado internacional, não apenas da cotação da moeda estrangeira.

5.13.5 Consumo

As ações de consumo são aquelas de empresas que se beneficiam diretamente com o aumento de renda. Ou seja, o desempenho dessas ações está ligado ao ciclo salário, emprego e renda. Assim, esses papéis sempre tendem a exibir uma valorização toda vez que houver um reaquecimento da economia, que vai provocar uma retomada dos empregos e recuperação na renda do trabalhador.
Essas ações são de empresas que estão em setores como comércio varejista, alimentos, vestuário, bens de consumo etc.
 6 CONCLUSÃO
Concluímos que, ao se tornar acionista de uma empresa a pessoa torna-se dono de parte dela passando a receber proventos resultantes de seu crescimento e lucro, vendo que a figura jurídica da empresa não se mistura com a sua pessoa (esteja você comprando ações como pessoa jurídica ou física).
Percebemos que ações é uma maneira relativamente simples e barata de empresas levantarem capital, além de entender a diferença entre ações de empresas de capital fechado e aberto, entendendo os tipos de ações disponíveis e quais benefícios, direitos e deveres cada tipo trás ao investidor, bem como as ações são negociadas entre investidores — fora e dentro de bolsa de valores — e o que são os mercados de ações. Conheceu também os principais mercados do mundo.
Indo mais fundo dissecamos como as ações chegam aos mercados de ações, o lançamento de ações em bolsa e como investir no mercado de ações, onde existem várias possibilidades, seus ganhos e custos.
Finalizando, entendemos a tabela de cotações de ações, compreendendo como anda o mercado e as forças que movem os preços das ações.

Mercado de opções - Manager I


 

MERCADO DE OPÇÕES 

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO

5

2

MERCADOS DERIVATIVOS

7

2.1

MERCADOS DE DERIVATIVOS: CONCEITOS BÁSICOS

7

2.2

TIPOS DE MERCADOS DE DERIVATIVOS

7

2.2.1

Mercado a termo

8

2.2.2

Mercado futuro

8

2.2.3

Mercado de Opções

8

2.2.4

Mercado de swap

9

2.3

CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVATIVOS

9

2.3.1

Hedge (proteção)

9

2.3.2

Alavancagem

10

2.3.3

Especulação

10

2.3.4

Arbitragem

10

2.4

PARTICIPANTES DOS MERCADOS DE DERIVATIVOS

10

2.4.1

Hedger

11

2.4.2

Especulador 

11

2.4.3

Arbitrador 

11

2.5

PRINCIPAIS FUNÇÕES DO MERCADO DE DERIVATIVOS

12

2.6

VANTAGENS DO MERCADO DE DERIVATIVOS

12

2.7

DIFERENÇA ENTRE DERIVATIVOS NÃOPADRONIZADOS E PADRONIZADOS

12

3

MERCADO DE OPÇÕES

13

3.1

PREÇO DE EXERCÍCIO E DATA DE EXERCÍCIO


14

3.2

MODALIDADES E TIPOS DE OPÇÕES

14

3.2.1

Opções de Compra

15

3.2.2

Opções de Venda

15

3.3

OPÇÕES TENDO COMO OBJETO AÇÕES

16

3.4

O MERCADO DE OPÇÕES EM BOLSA DE VALORES

16

3.5

COMO OPERAR OPÇÕES

17

3.6

SELECIONANDO OPÇÕES

18

3. 7

NEGOCIANDO OPÇÕES

18

3.8

PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES – COMO SÃO FORMADOS OS PREÇOS DAS OPÇÕES

19

3.9

LANÇAMENTO DE OPÇÕES

20

3.9.1

Lançamento de Opções Coberto por Ações

21

3.9.2

Lançamento de Opções Coberto por Opções

21

3.9.3

Lançamento Descoberto de Opções

22

4

CONCLUSÃO

23

 

REFERÊNCIAS

24

 1 INTRODUÇÃO
O preço e o retorno de qualquer instrumento financeiro estão sujeitos a flutuações imprevisíveis. Nesse sentido, as opções são instrumentos de gerenciamento de risco (servem para adaptar o risco às expectativas e à capacidade financeira do investidor), e podem ser usadas para limitar o risco dos portfólios em caso de mudança inesperada no preço das ações.
Além disso, o mercado de opções oferece outras vantagens, tais como a possibilidade de alavancagem dos investimentos (aumento do retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do capital investido), menores custos de transação (em comparação, por exemplo, com o investimento em ações), indicação da volatilidade do preço das ações, flexibilidade na montagem de estratégias de investimento.
Contudo, o mercado de opções apresenta alguns riscos dos quais os investidores devem estar conscientes (apresentados abaixo). Por exemplo, a alavancagem significativa proporcionada pelas opções pode gerar ganhos substanciais sobre uma pequena quantia do capital investido, mas também grandes prejuízos.
Além desses riscos específicos, o investidor em opções está igualmente sujeito às forças mais gerais que regem a oferta e a demanda, e aos riscos associados ao ativo-objeto compra) ou vender (opção de venda) o objeto de negociação, até ou em determinada data, por preço previamente estipulado. A outra parte, em contrapartida, assume o dever de vender (opção de compra) ou comprar (opção de venda) tal objeto de negociação, que são contratos padronizados representativos de um ativo financeiro ou de um Mercado de Opções é o mercado em que são negociados direitos de compra ou venda de um lote de ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos.
Esse mercado foi criado com o objetivo básico de oferecer um mecanismo de proteção ao mercado de ações contra possíveis perdas. Uma vez que os preços e retornos dos instrumentos financeiros estão sujeitos a flutuações imprevisíveis, as opções podem ser usadas para adaptar o risco às expectativas e metas do investidor. Os participantes do mercado que usam opções para limitar os riscos de oscilação de preços (operações de "hedge") são conhecidos como "hedgers". Entretanto, o mercado também precisa de participantes que estejam dispostos a assumir o risco: estes são chamados "especuladores".
As opções permitem que o investidor "alavanque" sua posição, aumentando o retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do capital investido, pois o capital investido inicialmente para comprar uma opção é relativamente pequeno em comparação com o ganho.
Contudo, quando dois investidores se comprometem em uma operação a ser realizada no futuro, os riscos são evidentes. Um dos investidores pode tentar cancelar a operação ou simplesmente pode não ser capaz de honrá-la financeiramente. Por esse motivo, todo capital aplicado em opções pode ser perdido, e o investidor (comprador) deve estar ciente desse risco. Por sua vez, o lançador de uma opção deve ter capacidade financeira para cobrir eventuais prejuízos potencialmente vultosos, bem como dispor de garantias suficientes para atende às exigências de margem.
 2 MERCADOS DERIVATIVOS
2.1 MERCADOS DE DERIVATIVOS: CONCEITOS BÁSICOS
Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço de um outro ativo (e.g. uma ação ou commodity), a inflação acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo, denominado ativo-objeto.
O mercado de derivativos tem como principal função disponibilizar ferramentas para o gerenciamento de riscos, ou seja, transferência de riscos inerentes aos ativos nos quais são baseados entre as partes contratantes.
No início do desenvolvimento dos mercados financeiros, os derivativos foram criados como forma de proteger os agentes econômicos (produtores ou comerciantes) contra os riscos decorrentes de flutuações de preços, durante períodos de escassez ou superprodução do produto negociado.
Atualmente, no entanto, a ideia básica dos agentes econômicos, ao operar com derivativos, é obter um ganho financeiro nas operações de forma a compensar perdas em outras atividades econômicas. Desvalorização cambial e variações bruscas nas taxas de juros são exemplos de situações que já ocorreram na economia, nas quais os prejuízos foram reduzidos ou até se transformaram em ganhos para os agentes econômicos que protegeram os seus investimentos realizando operações com derivativos.
2.2 TIPOS DE MERCADOS DE DERIVATIVOS
São quatro: a termo, futuro, de opções e de swap. Alguns analistas não consideram os swaps uma modalidade de derivativo devido a sua semelhança com o mercado a termo.

2.2.1 Mercado a termo
Como comprador ou vendedor do contrato a termo, você se compromete a comprar ou vender certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço fixado, ainda na data de realização do negócio, para liquidação em data futura. Os contratos a termo somente são liquidados integralmente no vencimento. Podem ser negociados em bolsa e no mercado de balcão.
2.2.2 Mercado futuro
Devese entender o mercado futuro como uma evolução do mercado a termo. Você se Compromete a comprar ou vender certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço estipulado para a liquidação em data futura.
A definição é semelhante, tendo como principal diferença a liquidação de seus compromissos somente na data de vencimento, no caso do mercado a termo. Já no mercado futuro, os compromissos são ajustados financeiramente às expectativas do mercado referentes ao preço futuro daquele bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que apura perdas e ganhos). Além disso, os contratos futuros são negociados somente em bolsas.
2.2.3 Mercado de Opções
O Mercado de Opções é o mercado em que são negociados direitos de compra ou venda de um lote de ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos.
Esse mercado foi criado com o objetivo básico de oferecer um mecanismo de proteção ao mercado de ações contra possíveis perdas. Uma vez que os preços e retornos dos instrumentos financeiros estão sujeitos a flutuações imprevisíveis, as opções podem ser usadas para adaptar o risco às expectativas e metas do investidor. Os participantes do mercado que usam opções para limitar os riscos de oscilação de preços (operações de "hedge") são conhecidos como "hedgers". Entretanto, o mercado também precisa de participantes que estejam dispostos a assumir o risco: estes são chamados "especuladores".
As opções permitem que o investidor "alavanque" sua posição, aumentando o retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do capital investido, pois o capital investido inicialmente para comprar uma opção é relativamente pequeno em comparação com o ganho.
 2.2.4 Mercado de swap
 No mercado de swap, negocia-se a troca de rentabilidade entre dois bens (mercadorias ou ativos financeiros). Pode-se definir o contrato de swap como um acordo, entre duas partes, que estabelecem a troca de fluxo de caixa tendo como base a comparação da rentabilidade entre dois bens. Por exemplo: swap de ouro x taxa prefixada. Se, no vencimento do contrato, a valorização do ouro for inferior à taxa prefixada negociada entre as partes, receberá a diferença a parte que comprou taxa prefixada e vendeu ouro. Se a rentabilidade do ouro for superior à taxa prefixada, receberá a diferença a parte que comprou ouro e vendeu taxa prefixada. Você deve observar que a operação de swap é muito semelhante à operação a termo, uma vez que sua liquidação ocorre integralmente no vencimento.
 2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVATIVOS
 Existem três principais categorias diferentes:
Derivativos agropecuários: têm como ativo-objeto commodities agrícolas, como café, boi, milho, soja e outros.
Derivativos financeiros: têm seu valor de mercado referenciado em alguma taxa ou índice financeiro, como taxa de juro, taxa de inflação, taxa de câmbio, índice de ações e outros.
Derivativos de energia e climáticos: têm como objeto de negociação energia elétrica, gás natural, créditos de carbono e outros.
Os derivativos são operados no mercado financeiro com quatro principais finalidades:
2.3.1 Hedge (proteção)
Proteger o participante do mercado físico de um bem ou ativo contra variações adversas de taxas, moedas ou preços. Equivale a ter uma posição em mercado de derivativos oposta à posição assumida no mercado a vista, para minimizar o risco de perda financeira decorrente de alteração adversa de preços.
2.3.2 Alavancagem
Dizse que os derivativos têm grande poder de alavancagem, já que a negociação com esses instrumentos exige menos capital do que a compra do ativo a vista. Assim, ao adicionar posições de derivativos a seus investimentos, você pode aumentar a rentabilidade total destes a um custo mais barato.
2.3.3 Especulação
Tomar uma posição no mercado futuro ou de opções sem uma posição correspondente no Mercado a vista. Nesse caso, o objetivo é operar a tendência de preços do mercado.
2.3.4 Arbitragem
Tirar proveito da diferença de preços de um mesmo produto/ativo negociado em mercados diferentes. O objetivo é aproveitar as discrepâncias no processo de formação de preços dos diversos ativos e mercadorias e entre vencimentos.
2.4 PARTICIPANTES DOS MERCADOS DE DERIVATIVOS
Diante da dinâmica existente no mercado de derivativos, os agentes econômicos podem se posicionar de acordo com sua análise de cenário para aquele ativo-objeto, ou até mesmo aproveitar oscilações em outros mercados. O desenvolvimento do mercado de bolsas de valores e derivativos como forma de financiamento de empresas, forçou a especialização de seus participantes, de acordo com sua atuação nesse mercado.
É importante entender que a existência e a atuação dos três participantes são imprescindíveis para o sucesso do mercado de derivativos. As funções de uns complementam as de outros em uma relação ativa e permanente. Somente isso garante um mercado de derivativos forte e líquido.
Esses participantes podem ser identificados numa das seguintes categorias:
2.4.1 Hedger (protetor)
 É a pessoa ou empresa que deseja proteger-se contra variações de preços, taxas ou índices. Para isso, o hedger utiliza-se de instrumentos financeiros de derivativos para assegurar o preço futuro de seu produto ou taxa. O caso mais corriqueiro é a do produtor de commodity (soja, por exemplo), que deseja assegurar antecipadamente o preço de seu produto após a colheita. Para isso irá efetuar um contrato a termo ou comprará uma opção de venda. O hedger pode, igualmente, procurar proteção contra a elevação das taxas de juros pós-fixada contratada na aquisição de financiamento, ou assegurar a taxa de câmbio que incidirá, no recebimento, sobre seus produtos exportados.
2.4.2 Especulador 
É a pessoa ou empresa que, não estando ligada a atividade relacionada ao bem contratado, assume o risco de variações de preços, visando a obtenção de lucro. E, portanto, um elemento fundamental para que o hedger possa efetuar sua operação, dando liquidez aos contratos. (Ao operar no mercado de derivativos, o especulador antecipa expectativas de preços, contribuindo para a sua formação futura e dando-lhe maior transparência). E do senso comum, no entanto, a identificação do especulador com a manipulação de preços e com a atitude a ética. Julga-se o especulador como um apostador, que gosta de riscos e que aposta sempre na derrocada da contraparte. Na verdade, o risco e inerente a toda atividade econômica.
2.4.3 Arbitrador 
É a pessoa ou empresa que opera em vários mercados simultaneamente com o intuito de obter lucros em distorções momentâneas de preços. A distorção pode ocorrer tanto no mercado à vista quanto entre o mercado a vista e o futuro. Dessa forma, o arbitrador passa a ser responsável pela eliminação de distorções do mercado, efetuando um importante trabalho de equalização.
O arbitrador é o participante que tem como meta o lucro, mas não assume nenhum risco. Sua atividade consiste em buscar distorções de preços entre mercados e tirar proveito dessa diferença ou da expectativa futura dessa diferença.
2.5 PRINCIPAIS FUNÇÕES DO MERCADO DE DERIVATIVOS
a.            Dar transparência/visibilidade na formação de preços dos ativos e commodities;
b.            Permitir transferências de risco de preços;
c.            Possibilidade de alavancagem de preços;
d.            Possibilidade de definição do custo futuro do dinheiro na formação das taxas de juros.
2.6 VANTAGENS DO MERCADO DE DERIVATIVOS
a.            Divulgação dos preços das mercadorias;
b.            Disseminação de estatísticas;
c.            Garantia de preços futuros;
d.            Criar defesas contra variações adversas;
e.            Estimular a liquidez do mercado;
f.             Atração do capital de risco;
g.            Melhor gerenciamento do risco;
h.           Realizações de grandes negócios com pouco capital e com risco conhecido
2.7 DIFERENÇA ENTRE DERIVATIVOS NÃOPADRONIZADOS E PADRONIZADOS
Os contratos negociados em balcão, cujas especificações (como preços, quantidades, cotações e locais de entrega) são determinadas diretamente entre as partes contratantes, não são intercambiáveis.
Dificilmente o participante conseguirá transferir sua obrigação a outro porque esse contrato foi negociado para satisfazer às necessidades dos participantes que o celebraram, de modo que as partes ficam amarradas umas às outras até a data de vencimento do contrato.
Já os contratos padronizados e negociados em bolsa são muito líquidos porque, sendo uniformes, atendem às necessidades de todos os participantes do mercado. Tais contratos são intercambiáveis, isto é, podem ser repassados a outros participantes a qualquer momento.
3 MERCADO DE OPÇÕES
É o mercado onde se negociam opções que são instrumentos financeiros utilizados no mercado financeiro. Uma opção confere, ao titular, o direito (e não obrigação) de comprar ou de vender um determinado ativo (ação, título ou bem qualquer) por um valor determinado.
Opções são contratos entre compradores e vendedores – contratos que dão a compradores/vendedores direitos, mas não a obrigação, de comprar/vender o ativo relacionado, em uma data futura.
Uma opção, como o próprio nome diz, é de exercício opcional, ela só dá direitos a seu possuidor. O emissor ou lançador de opções, por outro lado, assume a obrigação de honrar o prometido pelo papel. Por conta disso, uma opção tem custo adicional, pago pelo possuidor.
Este mercado difere dos anteriores por conferir apenas direitos para o comprador e obrigações para o vendedor de opções, ao contrário dos mercados a termo e futuros. Dá a seu titular, um direito sobre algo, mas não uma obrigação, e a seu vendedor, uma obrigação futura, caso solicitado pelo comprador da opção. Assim, as operações com opções envolvem um titular e um lançador. Além desses termos, existem outros típicos dessas operações, citados a seguir:
a.            Titular - comprador da opção, que adquire o direito vinculado a ela;
b.            Lançador - vendedor da opção, que se obriga a cumprir o direito cedido ao titular, se por ele exigido;
c.            Prêmio - preço pago pelo titular ao lançador, decorrente do direito cedido;
d.            Opção de compra (Call) - opção que fornece ao titular o direito de comprar o ativo objeto da transação, a um preço predeterminado até certa data (no Brasil, só se pode exercer o direito na data de vencimento);
e.            Opção de venda (Put) - opção que fornece ao titular o direito de vender o ativo, objeto da transação, a um preço predeterminado até certa data (no Brasil, só se pode exercer o direito na data de vencimento);
f.             Preço de exercício - preço combinado para a comera ou venda do ativo objeto da transação;
g.            Data de exercício - data até a qual deve ser exercido o direito cedido pela opção;
h.           Opções Americanas - podem ser exercidas a qualquer tempo;
i.             Opções Europeias - somente podem ser exercidas no vencimento;
j.             Série de opção - identifica o tipo de opção (compra/venda), o objeto da transação, a data de vencimento e o preço de exercício, Significa, portanto, uma padronização, identificando por um nome de série, todas as opções de mesmas características.

3.1 PREÇO DE EXERCÍCIO E DATA DE EXERCÍCIO

O preço pré-determinado de uma opção é conhecido como o preço de exercício. Quando uma opção de compra é exercida, o proprietário (comprador) paga pela ação o preço de exercício. Quando uma opção de venda é exercida, o proprietário (vendedor) recebe pelas ações o preço de exercício. A data após a qual a opção deixa de existir corresponde à data de exercício
3.2 MODALIDADES E TIPOS DE OPÇÕES
 No mercado de opções de ações da BM&F/BOVESPA existem duas modalidades:
 Opções americanas: podem ser exercidas a qualquer momento até a data de vencimento
Opções européias: só podem ser exercidas no dia do seu vencimento.
Há também no mercado de opções da BM&FBOVESPA dois tipos de opções de ações:
Opções de compra: conferem direito ao seu titular (detentor) de comprar ações de uma determinada empresa, em um preço pré-estabelecido, dentro de um período de tempo pré-acordado.
Opções de venda: conferem direito ao seu titular (detentor) de vender ações de uma determinada empresa, em um preço pré-estabelecido, dentro de um período de tempo pré-acordado.
Algumas vezes opções são chamadas pelos seus nomes em inglês. Opções de compra são chamadas de call (call options) e opções de venda são chamadas de put (put options).
Obviamente, para cada comprador de uma opção há um vendedor. Portanto, cuidado para não se confundir com as quatro situações abaixo, pois todas elas são possíveis!
a.             Compra de opções de compra
b.            Venda de opções de compra
c.             Compra de opções de venda
d.            Venda de opções de venda
3.2.1 Opções de Compra
http://d.obbly.com/lg?bannerid=75&campaignid=32&zoneid=35&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fopcoes-de-compra&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fvencimento-opcoes&cb=4d68a9a0c3Opções de compra são aquelas que dão a você o direito, mas não a obrigação, de comprar um ativo em uma data futura, por um preço previamente estabelecido. No caso de opções de compra de ações, o direito é o de comprar as ações pelo preço pré-estabelecido.
Isso significa que até uma data pré-determinada (ou, no caso de opções do tipo europeia, na data de vencimento da opção) você deverá decidir o destino das opções que possui: se vai exercer seu direito de compra ou não.
Caso decida exercer seus direitos, você deverá desembolsar o valor correspondente para a compra/venda do(s) lote(s) de ação (ões). Ao não exercer seu direito até a data de vencimento você perderá totalmente o valor gasto com opções compradas. Isso porque após o vencimento a opção simplesmente deixa de existir.
3.2.2 Opções de Venda
http://d.obbly.com/lg?bannerid=75&campaignid=32&zoneid=35&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fopcoes-de-venda&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fopcoes-de-compra&cb=598e285bf8 Já a opção de venda, conhecida por “put”, confere ao seu comprador (titular) o direito de VENDER a ação-objeto da opção na data de seu vencimento (opção do tipo européia) por preço pré-estabelecido – o preço de exercício. Dessa forma, quando chegar a data do vencimento da opção, o seu titular poderá vender a ação para o vendedor da put (o lançador da opção) pelo preço de exercício definido previamente, independentemente do preço que a ação estiver cotada no mercado naquele momento. Para isso, é necessário que seja pago ao vendedor da put o valor de seu prêmio negociado em mercado no momento da aquisição da opção.
Portanto, percebemos que a compra de opções confere um direito ao titular (comprador) e uma obrigação ao lançador (vendedor). E que na BM&FBOVESPA, na maioria das vezes, são negociadas opções de compra sobre ações do tipo americano – as quais podem ser exercidas a qualquer momento até a data de seu vencimento; enquanto que as opções de venda sobre ações negociadas nessa bolsa são do tipo europeu – que podem ser exercidas apenas na data de seu vencimento.
3.3 OPÇÕES TENDO COMO OBJETO AÇÕES
As opções, que são uma forma de derivativo, podem ter como objeto, ou seja, "derivar" de diversos tipos de ativos, tal como uma moeda estrangeira, por exemplo. No caso das opções negociadas na Bovespa, estas dão o direito ao seu titular de comprar ou de vender ações em uma data futura, ou seja, o ativo-objeto dessas opções são ações.
Quando o titular opta por comprar ou vender as ações como combinado, diz-se que o titular está exercendo a opção. Assim, o ato de exercer a opção é chamado de exercício. O preço de exercício, estabelecido anteriormente, pode também ser chamado de strike price. Como toda opção tem uma validade, caso o titular opte por não exercê-la, a opção expira, ou seja, perde a validade.
3.4 O MERCADO DE OPÇÕES EM BOLSA DE VALORES
http://d.obbly.com/lg?bannerid=75&campaignid=32&zoneid=35&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fmercado-opcoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fopcoes-de-venda&cb=11460ed079Os exemplos de Opções de Compra e Opções de Venda servem perfeitamente para ilustrar como funcionam as opções no mercado opções em bolsas de valores. As principais diferença entre os contratos de opção dos exemplos e o mercado de opções em bolsa são as seguintes:
·                     Em bolsa, o contrato de opção é pré-definido e padronizado. Isso significa que tanto o preço-alvo quando a data de vencimento são fixos e não negociáveis.
·                     As opções são títulos escriturais negociados em bolsas por investidores que não se encontram fisicamente, ou seja, não sabem (nem precisam saber) quem é a contraparte. Devido aos parâmetros de negociação de opções serem padronizadas, compradores e vendedores sabem exatamente o que estão comprando e vendendo, respectivamente.
·                     Por ser negociadas livremente, o prêmio (preço) da opção varia por diversos fatores, entre eles a demanda, preço da ação relacionada, prazo de vencimento etc.
No Brasil, para padronizar as negociações do mercado de opções, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC determina uma lista de opções autorizadas para negociação. Estas opções são as únicas que estão disponíveis para negociação e elas definem o ativo (ação) associado e preço-alvo.
3.5 COMO OPERAR OPÇÕES
Opções são compradas e vendidas normalmente via home-broker de sua corretora.
(home-broker é um sistema oferecido por diversas companhias para conectar seus usuários ao pregão eletrônico no mercado de capitais. Usado como instrumento para negociação no mercado de capitais via internet, ele permite que sejam enviadas ordens de compra e venda através do site de uma corretora na internet.).
Para operar com opções você envia ordens no home-broker como se as opções fossem ações de empresas, exceto que as opções têm código de negociação diferente.
Algumas corretoras exigem alguns passos extras para habilitar-se a operar opções. Estes passos podem ser desde a assinatura de um termo de conhecimento do risco de se operar opções, até mesmo com a aplicação de testes de avaliação de conhecimento dos riscos.
http://d.obbly.com/lg?bannerid=83&campaignid=32&zoneid=39&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Foperar-opcoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fmercado-opcoes&cb=bf072238fbPortanto, o primeiro passo para você operar opções é verificar junto à sua corretora se sua conta já está habilitada para este tipo de operação.
Com a conta habilitada para operar opções, o próximo passo é selecionar as opções que você quer operar.

3.6 SELECIONANDO OPÇÕES
http://d.obbly.com/lg?bannerid=75&campaignid=32&zoneid=35&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fcodigo-opcoes-selecionando-opcoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Foperar-opcoes&cb=9dcf37dcd3Para selecionar a opção que deseja operar, você deve determinar:
a.            A ação associada à opção;
b.            O preço-alvo da ação;
c.            A data de vencimento da opção.
Com estas informações em mãos, você pode consultar a lista de opções disponíveis para localizar o código da opção. Feito isso, basta utilizar este código no home-broker normalmente.
Ou seja, para comprar e vender opções você envia ordens de compra e venda das opções escolhidas normalmente, como faz com ações. O que muda é que você informa o código da opção.
Para ordens de compra e venda de opções você também terá que informar o preço limite, poderá utilizar ordens STOP. A diferença é que você especifica um código de opção, ao invés de códigos de ações.
3. 7 NEGOCIANDO OPÇÕES
 Este efeito nas negociações das opções é chamado alavancagem, que é a possibilidade de se controlar grandes quantias utilizando-se relativamente pouco capital.
Alavancagem é um dos principais fatores que atraem investidores para o mercado de opções. Os altos ganhos são atrativos e fazem os investidores menos preparados a se esquecer de que ela é uma faca de dois gumes: da mesma forma que permite ganhos elevados, ela pode levar tomar seu capital rapidamente – e é isso o que acontece na maioria das vezes.
Há, porém, outro fator de risco inerente a operação com opções. Este fator não é minimizado pela estratégia de não carregar as opções até a data do vencimento. Na verdade, não há nada que se possa fazer para diminuir este fator. Ele é muitas vezes ignorado ou até desconhecido por investidores iniciantes. Ele é silencioso e corrói valor das opções dia após dia. Trata-se do passar do tempo.
Isso acontece porque o comprador da opção tem a expectativa de que a ação vai valer mais que o preço-alvo da opção na data do vencimento, para que ele obtenha lucro na operação.
No entanto, ao passar uma semana sem ocorra progresso no preço da ação, fica cada vez mais difícil para ação alcançar o preço-alvo da opção.
Quanto mais o tempo passa e a ação permanece no mesmo preço, mas difícil fica para que ela obtenha a valorização. Ou seja, fica cada vez mais difícil para a ação alcançar o preço-alvo da opção, que, por isso, se desvaloriza.
http://d.obbly.com/lg?bannerid=83&campaignid=32&zoneid=39&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fefeito-tempo-opcoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fexemplo-opcoes&cb=64d1782cd4Em determinado momento, torna-se praticamente impossível para a ação valorizar-se ao ponto de valer mais que o preço-alvo da opção no vencimento. Quando este momento chega, na prática, a opção “vira pó”, porque dificilmente você encontraria um comprador que acreditasse que ação se valorizaria tanto em tão pouco espaço de tempo.
O efeito do tempo é mais facilmente percebido e gerenciado quando se compreende o mecanismo de formação de preços das opções.
3.8 PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES – COMO SÃO FORMADOS OS PREÇOS DAS OPÇÕES.
Para entender o mecanismo de precificação de opções, é preciso compreender que o valor (prêmio) das opções se divide em duas partes: o valor intrínseco e o valor extrínseco.
a.            Valor intrínseco é o valor que leva a cotação atual da ação ao preço-alvo da opção.
b.            Valor extrínseco representa todos os fatores que não dependem do preço da ação associada à opção. Por exemplo, o potencial de valorização da opção, expectativas dos investidores etc. O valor extrínseco também é conhecido como valor no tempo.
Se o valor de uma ação é menor que o preço-alvo de uma opção, então o valor intrínseco da opções é zero. Assim, o valor da opção se compõe apenas de valor no tempo e da expectativa de valorização da ação.
Note que esta discussão sobre precificação opções, valor intrínseco e extrínseco é apenas explicação teórica sobre como se forma os preços de opções. Na prática, você encontrará apenas o preço “fechado” da opção no home-broker de sua corretora.
3.9 LANÇAMENTO DE OPÇÕES
http://d.obbly.com/lg?bannerid=75&campaignid=32&zoneid=35&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fprecificacao-opcoes&cb=db7a276e18Se você possui ações de uma companhia e existem opções autorizadas para negociação desta ação, então você pode oferecer opções de compra ou venda dessas ações. Isso é feito através do processo de lançamento de opções, que nada mais é do que colocar à venda as opções de compra ou venda no mercado, lastreadas nas ações que você possui.
Isso responde uma das principais dúvidas de iniciantes no mercado de opções: de onde vêm as opções de ações?
Por exemplo, se você possui 100 ações da companhia Xyz S.A., você pode fazer o lançamento opções com a venda de 100 opções de compra desta ação.
O valor apurado nesta venda entra em sua conta na corretora imediatamente, e pode ser utilizado sem restrição. Porém, as 100 ações que você possui serão bloqueadas para negociação pela sua corretora. Afinal elas são a garantia de que você poderá honrar o compromisso de entregar ações associadas às opções vendidas, caso elas sejam exercidas.
Lembrando que, se até o vencimento (ou no vencimento, no caso de opções europeias), o comprador decidir exercer o direito adquirido com as opções, então você terá que entregar suas ações pelo preço-alvo da opção que você vendeu.
http://d.obbly.com/lg?bannerid=83&campaignid=32&zoneid=39&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Fprecificacao-opcoes&cb=b0340ead6eNa verdade, teoricamente você não precisa possuir as ações em carteira para fazer o lançamento de opções. Como opções tratam-se de contratos que só serão exercidos em uma data futura (se forem), você pode fazer o lançamento opções lastreado em direitos ou o compromisso de aquisição das ações no futuro.
Isso nos leva aos três principais tipos de lançamento de opções que podem ser feitos: o lançamento coberto por ações, por opções, ou o lançamento de opções descoberto.
3.9.1 Lançamento de Opções Coberto por Ações
http://d.obbly.com/lg?bannerid=75&campaignid=32&zoneid=35&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes-coberto-acoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes&cb=da269770fbhttp://d.obbly.com/lg?bannerid=83&campaignid=32&zoneid=39&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes-coberto-acoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes&cb=50cc77375cO lançamento coberto em ações é a forma mais simples de lançamento de opções – você lança opções garantidas por ações que você tem em carteira.
No exemplo acima da empresa Xyz S.A., as 100 ações em carteira são a garantia das opções. Caso estas sejam exercidas, então as ações terão que ser entregues pelo preço-alvo das opções.
3.9.2 Lançamento de Opções Coberto por Opções
http://d.obbly.com/lg?bannerid=75&campaignid=32&zoneid=35&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes-coberto-opcoes&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes-coberto-acoes&cb=5fe796d9fbNeste tipo de lançamento de opções, você não possui as ações associadas à opção, mas sim outras opções da mesma ação.
Caso você seja exercido nas opções lançadas, você deverá, também, exercer as opções que comprou. Assim você obtém as ações que serão entregues ao comprador das opções que você lançou.
Você deve estar se perguntando como é possível comprar opções e depois lançar (vender) outras opções de uma mesma ação? Ao fazer isso não se estará fazendo uma simples operação “à seco”?
Acontece que opções têm séries com datas de vencimento e preços-alvo diferentes. Muitos investidores montam intrincadas estratégias com opções envolvendo a compra de opções com um vencimento/preço-alvo e vendendo (lançando) outras com vencimentos/preços-alvo diferentes. Como opções variam de forma diferente de acordo com seu prazo/preço-alvo, a diferença de variação entre as opções compradas e vendidas é o lucro (ou prejuízo) do investidor.
 3.9.3 Lançamento Descoberto de Opções
http://d.obbly.com/lg?bannerid=75&campaignid=32&zoneid=35&loc=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes-descoberto&referer=http%3A%2F%2Fwww.mundotrade.com.br%2Faprendizado%2Flancamento-opcoes-coberto-opcoes&cb=3208b819bbNo lançamento descoberto de opções, você não possui ações ou opções que garantam as opções lançadas. Neste tipo de operação, o investidor tem a expectativa de que o preço da ação vá cair (e, consequentemente, de suas opções) e lança (vende) as opções para recomprá-las com preço menor, obtendo assim lucro.
Caso as opções vendidas se valorizem acima do preço vendido, o investidor tem prejuízo na operação.
Como ações e opções podem subir indefinidamente, o prejuízo do investidor também é teoricamente infinito, o que pode levar a perdas muito maiores do que o capital investido. Somando a isso a volatilidade das opções, então há a possibilidade de que essas perdas aconteçam muito rapidamente.
Como vemos, o lançamento descoberto de opções é uma operação de altíssimo risco, que é evitada até mesmo por investidor profissionais.
Devido a possibilidade de perdas infinitas, as corretoras normalmente limitam via conta margem – ou nem mesmo autorizam – este tipo de operação.
 
4 CONCLUSÃO
 O mercado de opções funciona como uma ferramenta de gerenciamento de risco, um instrumento de hedge (proteção). Como o nome diz, é uma opção oferecida pelo mercado para se negociar direitos de compra ou venda de um determinado lote de ações com preços e prazos de exercício preestabelecidos em um contrato.
A grosso modo, é uma espécie de financiamento para que, frente às incertezas inerentes ao mercado de ações, o investidor possa limitar o risco do seu portfólio em caso, por exemplo, de mudança inesperada no preço da ação. Pelo direito de compra ou venda o titular de uma opção paga um prêmio, podendo exercê-lo até a data do vencimento ou revendê-lo ao mercado.
As opções também são usadas para aumentar o potencial de ganho, diminuir os custos de transação além de indicar a volatilidade do preço dos papéis no mercado à vista. Quem escolhe apostar nas opções espera beneficiar-se de uma elevação no preço da ação com a conseqüente valorização do prêmio.
Para alguns investidores ainda, as opções servem como alavancagem, já que podem aumentar o retorno potencial sobre um investimento não sendo necessário aumentar o montante do capital investido. Isso é possível com opções porque o capital investido inicialmente para comprar uma opção é relativamente pequeno se comparado ao ganho.
Exemplo: Suponha-se que uma companhia brasileira deva pagar US$ 1 milhão a um determinado fornecedor estrangeiro dentro de três meses. Supondo uma taxa de câmbio hoje, em torno de R$ 1,67, a empresa gastaria mais de R$ 1,67 milhão. Se a taxa de câmbio, no entanto, aumentar 10% em três meses, a companhia terá que desembolsar um montante ainda maior. Para proteger-se desse risco cambial, a empresa que, no caso, seria o hedger da operação, pode recorrer ao mercado de opções para transferir o risco a outro participante disposto a assumi-lo, o especulador, cujo interesse será realizar um ganho substancial em sua posição.