SUMÁRIO
| ||
1
|
INTRODUÇÃO..............................................................................
|
5
|
2
|
SISTEMA DE PRODUÇÃO...........................................................
|
6
|
2.1
|
SISTEMA DE FLUXO DE MATERIAIS.........................................
|
7
|
3
|
NATUREZA DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO.......................
|
8
|
4
|
SISTEMAS DE MANUFATURA....................................................
|
11
|
5
|
PCP
E A PRODUÇÃO POR LOTE...............................................
|
18
|
5.1
|
O QUE É LOTE DE FABRICAÇÃO – CONCEITUAÇÃO..............
|
18
|
5.2
|
PRODUÇÃO
POR LOTE...............................................................
|
18
|
5.3
|
CARACTERÍSTICAS.....................................................................
|
19
|
5.4
|
COMPARAÇÃO E EXEMPLIFICAÇÃO.........................................
|
20
|
6
|
CICLO
DE VIDA DO PRODUTO UTILIZANDO O SAP/R3 NA ADMINISTRAÇÃO DE LOTES......................................................
|
22
|
6.1
|
O
SAP/R3......................................................................................
|
22
|
6.1.1
|
O início..........................................................................................
|
22
|
6.1.2
|
A Evolução....................................................................................
|
22
|
6.1.3
|
Suas características......................................................................
|
23
|
6.1.4
|
Os módulos...................................................................................
|
23
|
6.2
|
CICLO DE VIDA DO PRODUTO...................................................
|
24
|
6.2.1
|
Finalidade......................................................................................
|
24
|
6.2.2
|
Características...............................................................................
|
24
|
6.3
|
ADMINISTRAÇÃO
DE LOTES......................................................
|
26
|
6.3.1
|
Finalidade......................................................................................
|
26
|
6.3.2
|
Integração......................................................................................
|
26
|
6.3.3
|
Características...............................................................................
|
28
|
6.4
|
LOTE.............................................................................................
|
28
|
6.4.1
|
Definição.......................................................................................
|
28
|
6.4.2
|
Estrutura
|
28
|
6.4.3
|
Integração......................................................................................
|
29
|
6.5
|
ADMINISTRAÇÃO
DE LOTES EM LOGÍSTICA...........................
|
29
|
6.5.1
|
Objetivo.........................................................................................
|
29
|
6.5.2
|
Fluxo
do processo.........................................................................
|
29
|
6.5.2.1
|
Vendas
e distribuição....................................................................
|
29
|
6.5.2.2
|
Produção.......................................................................................
|
29
|
6.5.2.3
|
Compras........................................................................................
|
30
|
6.5.2.4
|
Entrada
de mercadorias................................................................
|
30
|
6.5.2.5
|
Administração
de qualidade..........................................................
|
30
|
6.5.2.6
|
Administração
de depósito............................................................
|
31
|
6.5.2.7
|
Administração
de estoques...........................................................
|
31
|
6.5.2.8
|
Vendas
e distribuição....................................................................
|
31
|
6.6
|
NÍVEL
DO LOTE...........................................................................
|
31
|
6.6.1
|
Utilização.......................................................................................
|
31
|
6.6.2
|
Pré-requisitos................................................................................
|
32
|
6.6.3
|
Características...............................................................................
|
32
|
6.6.3.1
|
Níveis
do lote.................................................................................
|
32
|
6.7
|
ESPECIFICAÇÕES
DE LOTES....................................................
|
32
|
6.7.1
|
Finalidade......................................................................................
|
32
|
6.7.2
|
Integração......................................................................................
|
33
|
6.7.3
|
Características...............................................................................
|
33
|
6.8
|
CRIAÇÃO
DE UM REGISTRO MESTRE DE LOTE.....................
|
34
|
6.8.1
|
Utilização.......................................................................................
|
34
|
6.8.2
|
Pré-requisitos................................................................................
|
34
|
6.9
|
ADMINISTRAÇÃO
DO STATUS DO LOTE..................................
|
34
|
6.9.1
|
Finalidade......................................................................................
|
34
|
6.9.2
|
Integração......................................................................................
|
34
|
6.9.3
|
Características...............................................................................
|
35
|
6.10
|
DETERMINAÇÃO
DE LOTES.......................................................
|
35
|
6.10.1
|
Objetivo.........................................................................................
|
35
|
6.10.2
|
Características...............................................................................
|
35
|
6.11
|
LISTA
DE UTILIZAÇÕES DO LOTE.............................................
|
36
|
6.11.1
|
Finalidade.....................................................................................
|
36
|
6.11.2
|
Restrições.....................................................................................
|
37
|
6.12
|
UNIDADES
DE MEDIDA ESPECÍFICAS DO LOTE.....................
|
37
|
6.12.1
|
Objetivo.........................................................................................
|
37
|
6.12.2
|
Produtos
farmacêuticos / químico-alimentícios etc. (Processamento de substâncias
ativas)........................................
|
37
|
6.12.3
|
Aço/papel/madeira/produtos
têxteis etc........................................
|
38
|
6.12.4
|
Integração.....................................................................................
|
38
|
6.12.4
|
Características...............................................................................
|
39
|
6.13
|
VERIFICAÇÃO
E CÁLCULO DA DATA DO VENCIMENTO.........
|
39
|
6.13.1
|
Utilização.......................................................................................
|
39
|
6.13.2
|
Características...............................................................................
|
40
|
CONSIDERAÇÕES
FINAIS..........................................................
|
41
| |
REFERÊNCIAS.............................................................................
|
42
|
1 INTRODUÇÃO
Devido às exigências cada vez maiores por parte do
mercado consumidor, tanto na qualidade como na variedade de produtos de baixos
custos, a competitividade na área industrial tem-se tornado em geral
imprevisíveis, estão cada vez mais substituindo (progressivamente) demandas
constantes. Os países altamente industrializados têm realizado mudanças
significativas na área de manufatura, permitindo produzir produtos de alta
qualidade de baixos custos e em pequenos lotes e em curto espaço de tempo.
O trabalho tem como foco principal,
o sistema de manufatura da produção em lotes, sendo necessário enveredar por escalonamentos
da administração da produção para ter um conhecimento embasado do tema a ser
desenvolvido.
Desta
forma, convém citar que, tanto o sistema produtivo, o fluxo de materiais, a
natureza dos processos e o sistema de manufatura e sua tipologia utilizada,
será particularizado para atender as demandas de cada organização produtiva.
Mas além
de conceituar a produção por lote alinhado ao PCP (Planejamento e Controle da
Produção), iremos demonstrar a aplicabilidade na tecnologia da informação,
através da utilização do software de Gestão Empresarial, o SAP (Sistemas, Aplicativos e Produtos
para Processamento de Dados)
no
ciclo de vida do produto na administração de lotes.
2 SISTEMA DE PRODUÇÃO
Cada empresa adota um sistema de
produção para realizar as suas operações e desenvolver seus produtos ou
serviços da melhor maneira possível e, com isso, garantir sua eficiência e
eficácia. O sistema de produção é a maneira pela qual a empresa organiza seus
órgãos e realiza suas operações de produção, adotando uma interdependência
lógica entre todas as etapas do processo produtivo, desde o momento em que os
materiais e matérias-primas saem do almoxarifado até chegar ao depósito como
produto acabado.
Na realidade, para que isso aconteça,
as entradas e os insumos que vêm dos fornecedores ingressam na empresa por meio
do almoxarifado de materiais e matérias-primas, sendo ali estocados até a sua
eventual utilização pela produção. A produção processa e transforma os
materiais e matérias-primas em produtos acabados para serem estocados no
depósito até a sua entrega aos clientes e consumidores. A interdependência
entre o almoxarifado, a produção e o depósito é muito grande: qualquer
alteração em um deles provoca influências sobre os demais, como se fossem vasos
comunicantes. Eles são os três subsistemas do sistema de produção intimamente
inter-relacionados e interdependentes.
2.1 SISTEMA DE FLUXO DE
MATERIAIS
Johnson
e Montgomery (1974) apresentam na Figura 2.1 um modelo geral de fluxo, ainda
válido para os tempos atuais, onde a empresa adquire de fornecedores o material
bruto e/ou subconjuntos para atender as necessidades de produção, sendo que
neste caso o gerenciamento de aquisição e controle de inventários é do
departamento de compras e estoque de material que providencia a entrada destes
no sistema produtivo. O sistema produtivo consiste de centros de produção que
processam o material bruto e/ou subconjuntos transformando-os em produto
acabado, sendo então o departamento de produção responsável pelo gerenciamento
de mão de obra (manpower) e instalações (facilities) que
determinarão a capacidade produtiva de cada centro que irá executar as rotinas
para produzir o produto.
Produtos
acabados deixam o sistema produtivo para atender a demanda de clientes, que
podem ser um consumidor direto, um varejista, um atacadista ou um cliente
interno parte de outro processo de manufatura. É função do departamento de
distribuição e vendas o gerenciamento das quantidades e armazenamento destes
produtos para satisfazer as necessidades de atendimento do cliente.
Os
autores afirmam ainda que três fatores do fluxo de material são de grande
interesse para o gerenciamento da produção:



Procedimentos
para planejamento e controle formais destes fatores devem ser estabelecidos, de
modo que uma companhia terá unidades organizacionais e sistemas de informações
para controlar a produção, inventários, qualidade e custos.
3 NATUREZA DOS PROCESSOS DE
PRODUÇÃO
O
planejamento e controle da produção é um tipo de controle formal para o fator
Qualidade/Tempo discutido na seção anterior, tendo este à função gerencial de
planejar e controlar a produção. Esta função gerencial depende fortemente de
conhecimentos da natureza dos processos de produção que serão controlados.
Rosa
(2002) ressalta que um sistema é definido por conter um processo específico de
funcionamento a partir de determinados insumos (inputs) de tal forma a
atender determinados resultados (outputs), sendo organizado previamente
para atender esses resultados. Porém, esta organização prévia não é garantia
que os resultados sejam atingidos conforme planejado, necessitando o sistema de
ter um monitoramento ao longo de seu desenvolvimento até a etapa final para
verificar as discrepâncias entre o resultado real e o planejado. Este
monitoramento propiciaria constante retroalimentação (feedback) de tal
forma a orientar as correções de eventuais desvios no funcionamento do sistema.
A Figura 2 sintetiza um sistema de empresa industrial.
Figura 2 - Sistema: Empresa industrial – Fonte: Rosa, (2002).
Palomino
(2001) apresenta sistemas de produção como processos planejados pelos quais
elementos são transformados em produtos úteis. Segundo RUSSOMANO (apud Tagliari,
2002), um sistema de produção pode ser definido como a configuração de recursos
combinados, para a provisão de bens e/ou serviços.
A
explicitação dos itens físicos que compõem esses recursos combinados produz o
que se denomina sistemas físicos, cujas principais categorias de recursos são
as matérias-primas, os equipamentos, a mão-de-obra e os produtos associados ao
sistema de produção.
Stoner
(1995) ressalta que o sistema de produção atua dentro do quadro mais amplo da
estratégia organizacional, devendo o plano estratégico de a organização ser
utilizado como diretriz coerente para as políticas produtivas, especificando
metas e objetivos que possam ser atingidos. Desta
forma, o sistema de produção deve ser projetado de modo compatível com as
estratégias da organização e reciprocamente, suas capacidades devem ser
consideradas na formulação da estratégia organizacional.
Inúmeros fatores podem influenciar a configuração de um sistema de
produção, podendo surgir assim várias classificações.
Johnson e Montgomery (1974) fazem uma classificação dos sistemas de
produção em função do fluxo de materiais como sendo sistema de produção
contínua, sistema de produção intermitente, sistema de projeto e sistema puro
de inventário. O sistema de produção contínua envolve tipicamente a produção de
umas poucas famílias de produtos com relacionamento próximo, em grandes volumes
de produção, com arranjo físico de acordo com a rotina (seqüência de produção)
do produto. No sistema de produção intermitente um grande número de produtos
precisa ser fabricado ocorrendo então freqüentes mudanças (Setup) nos
centros de produção que terão arranjos (flow shop ou job shop) de acordo
com a coincidência ou não da rotina (seqüência de produção) dos produtos.
Problemas de planejamento e controle de produção são mais complexos no sistema
produção intermitente do que no sistema de produção contínua. No sistema de
projeto a produção é feita para atender um projeto específico que não é
produzido com freqüência e em alguns casos é produzida uma única vez.
O sistema de puro inventário é um caso especial onde há gerenciamento de
compra e estoque de material, mas não há produção. Uma loja de varejo que
compra produtos para vendas intermediárias é um sistema puro de inventário.
Zacarelli (1979) faz classificação semelhante à realizada por Johnson e
Montgomery (1974), porém, fazendo subdivisões para os sistemas de produção
contínuo e intermitente. O autor classifica as indústrias em duas classes:
indústria do tipo contínuo e indústria do tipo intermitente. Indústrias do tipo
contínuo: onde os equipamentos executam as mesmas operações de maneira contínua
e o material se move com pequenas interrupções entre eles até chegar ao produto
acabado. Pode se subdividir em: a) contínuo puro: uma só linha de produção, os
produtos finais são exatamente iguais e toda a matéria-prima é processada da
mesma forma e na mesma seqüência; b) contínuo com montagem ou desmontagem:
várias linhas de produção contínua que convergem nos locais de montagem ou
desmontagem; e c) contínuo com diferenciação final: características de fluxo
igual a um ou outro dos subtipos anteriores, mas o produto final pode
apresentar variações. Indústrias do tipo intermitente: diversidade de produtos
fabricados e tamanho reduzido do lote de fabricação determina que os
equipamentos apresentem variações freqüentes no trabalho. Subdividem-se em: a)
fabricação por encomenda de produtos diferentes: produto de acordo com as
especificações do cliente e a fabricação se inicia após a venda do produto; e b)
fabricação repetitiva dos mesmos lotes de produtos: produtos padronizados pelo
fabricante, repetitividade dos lotes de fabricação, podendo ter as mesmas
características de fluxo existente na fabricação sob encomenda.
Já
classificação quanto ao tipo de processo está relacionada com a forma como os
recursos produtivos estão organizados para a realização da transformação do
produto. Para os objetivos deste trabalho, estenderemos este estudo para a
classificação quanto ao tipo de produto e especificamente para o sistema de produção
discreta, considerada como veremos a seguir, a forma do sistema de manufatura.
Figura 3 - Modelo de Sistema de Produção – Adaptado
Slack et al. (2002).
4 SISTEMAS DE MANUFATURA
DICESARE
(apud Palomino, 2001) considera os sistemas de manufatura como sendo um sistema
de produção discreta, e composto de:



Moreira
(1993) define sistema de manufatura como sendo um conjunto de atividades e operações
necessárias para a produção de produtos envolvendo os seguintes elementos: Insumos,
o processo de transformação e os produtos fabricados.
Black
(1998) define sistema de manufatura como um arranjo complexo de elementos físicos
caracterizados por parâmetros mensuráveis. Dentre os elementos físicos
importantes na manufatura destacam-se: pessoas, processos, equipamentos,
estoque e manuseio de materiais.
Dentre
os parâmetros mensuráveis destacam-se: taxa de produção, estoque em processo,
custo total ou unitário, entre outros.
Tabela 4 - Com base na Teoria de Sistemas - Perales (2006)
A
Figura 5 representa a definição de um sistema de manufatura (ou sistema de produção
discreta).
Figura 5 - Sistema de Manufatura (Sistema de Produção Discreta) – Black
(1998)
O
sistema de manufatura (ou sistema de produção discreta) tem por objetivo
produzir um conjunto de tipos diferentes de produtos, os quais precisam seguir
uma determinada sequencia de operações (roteiro de produção), sendo que cada
operação pode ser realizada por uma ou mais máquinas. O grande número de
produtos a serem fabricadas de forma simultânea e concorrente, as complexidades
de cada produto, sua diversificação, a variação nas quantidades a serem
fabricadas, variações nas demandas, a introdução de novos produtos etc. fazem
dos sistemas de manufaturas um sistema complexo, sendo que esta complexidade inerente
será tanto maior quanto mais complexos forem os produtos a serem fabricados, quanto
mais complexa for a estrutura de produção vinculada a esses produtos e quanto
mais limitadas forem as liberdades de custos e prazos para a realização da
manufatura.
Constante
transformação vem ocorrendo nos sistemas produtivos ao longo dos tempos. Souza
(2002) destaca em seu trabalho a evolução cronológica dos sistemas de
manufatura, primeiro com enfoque na manufatura americana considerando três
estágios ou eras.



e em seguida tratando da
evolução tecnológica do final deste século e virada do milênio, quando surgiram
novas propostas de sistemas de manufatura, como:



As
mudanças sempre visaram buscar uma maior eficiência dos sistemas de manufatura que
possibilitasse as organizações a conquistarem o mercado consumidor oferecendo
produtos variados, com qualidade, custos baixo e em curto espaço de tempo.
Slack et al. (2002) define 5 (cinco) objetivos
de desempenho básico aplicado a todas as operações produtivas, considerando
como estratégico tomar providências no sentido de atingir este objetivo com a
finalidade de buscar vantagens competitivas. A Tabela 6 apresenta um resumo dos
objetivos de desempenho da produção proposta por Slack et al. (2002).
A
Tabela 7 apresenta os tipos de processos de manufatura conforme apresentados por
Slack et al. (2002) e por Krajewski e Ritzman (2004). Os autores
apresentam em alguns casos denominações diferentes para o mesmo conceito.
Tabela 7 - Tipos de Processos em Operações de Manufatura
Para
Slack et al. (2002), cada tipo de processo em manufatura implica uma
forma diferente de organizar as atividades das operações com diferentes
características de volume e variedade. A posição volume-variedade de uma
produção tem implicações para quase todos os aspectos de organizar atividades
das operações e possuem implicações nos custos. De forma simples a Figura 8
resume as implicações deste posicionamento, e a Figura 2.6 mostra os tipos de
processos de manufatura em forma gráfica relacionando a posição volume-variedade
de uma produção, considerando a variedade no eixo vertical e o volume no eixo horizontal.
Figura 8 - Volume-Variedade nas Operações de Manufatura – Slack et al
(2002)
Figura 9 - Tipos de Processos em Operações de Manufatura – Slack et
al. (2002)
Para
Krajewski e Ritzman (2004), os processos em organizações industriais dependem do
volume e do grau de customização, considerando a customização no eixo vertical
e o volume no eixo horizontal, conforme mostra a na Figura 10.
Figura 10 - Processos em Organizações Industriais – Krajewski e Ritzman
(2004)






5 PCP E A PRODUÇÃO POR LOTE.
5.1 O QUE É LOTE DE FABRICAÇÃO
É a quantidade
de produtos do mesmo lote que serão produzidos sem interrupção da produção para
produzir outros produtos. Na prática, empresas usam nomenclaturas diferentes
para designar o lote de fabricação. As mais usuais são Lote de Produção e Ordem
de Produção, identificados por números que indicam a sequencia nas quais devem
ser fabricados.
Há casos em que
as ordens de produção subsequentes são do mesmo produto, neste caso o lote de
fabricação pode ser a soma da quantidade das ordens. Esta pratica é comum para
evitar ajustes, trocas de ferramentas e preparação de máquinas para produtos
diferentes.
5.2 PRODUÇÃO POR LOTE.
O planejamento e controle da produção
interagem com as diversas áreas que devem ser executadas de maneira a atingir
os objetivos que foram traçados, com a finalidade de aumentar a eficiência e
eficácia da empresa. Para atingir as metas que foram traçadas, o PCP tem que
cumprir o seu papel apoiando o tomador de decisões logísticas a planejar os
materiais comprados, a quantidade de estoques de matérias-primas e acabadas,
visando ter quantidade certa no momento necessário, devido aos conflitos
departamentais existentes, porque o setor de produção, vendas e estoques por
situações internas querem trabalhar com estoque alto, ao passo que o financeiro
diz que estoque alto significa dinheiro parado e investimento sem liquidez.
A produção por lote é um dos sistemas
de PCP que, segundo Idalberto Chiavenato: é o sistema de produção utilizado por
empresas que produzem uma quantidade limitada de um tipo de produto de cada
vez. Cada lote de produção exige um PCP específico. Como o nome indica, cada
vez que um processo em lote produz um produto, é produzido mais do que um
produto, com isso gera repetições nas operações. No processo por lote os
volumes são maiores porque os produtos são executados repetidamente, um lote
tem uma grande variedade, mas é limitada porque um produto ao ser processado em
sua quantidade solicitada é finalizado e a produção passa para o próximo lote.
5.3 CARACTERÍSTICAS
Segundo Idalberto Chiavenato, as
principais características de PCP em produção em lotes são as seguintes:




A produção em lotes impõe em eficiente
PCP para permitir mudanças nos planos de produção, na medida em que os lotes
vão sendo completados e novos lotes devem ser planejados. Na realidade o
sucesso do processo produtivo depende diretamente do PCP.
Na produção por lote é normal que
ocorra um desequilíbrio na capacidade de produção dos diferentes departamentos,
tendo em vista que nem sempre a capacidade de produção é igual à dos demais
departamentos, o PCP faz um programa de turnos diferentes, com a finalidade de
compensar a limitação de equipamentos com o aumento de contração de mão de obra
visando regularizar esse processo. Por se tratar de produtos em grande
quantidade é necessária uma área grande para estocar a produção e consequentemente
também a matéria-prima. O planejamento e controle da produção precisam ser
planejados e gerenciados de forma adequada, para identificar os erros, fazendo
a correção e evitar sua repetição, devendo também ser flexível às mudanças das
rotinas, devido às contingências mercadológicas.
5.4 COMPARAÇÃO E EXEMPLIFICAÇÃO
Comparação
Os
processos de produção são determinados de acordo com o tipo de produto que a
empresa oferece. Se for produção de formulários contínuos, será por encomenda,
se for produção de açúcar, será por lotes. Estas são as suas principais formas
de processo de produção, cada uma tem suas particularidades, a por lote a
produção é constante de um único produto, já a por encomenda apesar de ser mais
trabalhosa e ter mais tempo de set-up é capaz de oferecer produtos
personalizados a seus clientes. Os processos repetitivos em lotes
caracterizam-se pela produção de um volume médio de itens padronizado em lotes,
onde cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada à
medida que as operações anteriores sejam concluídas. Estes sistemas produtivos
são relativamente flexíveis, empregando equipamentos menos especializados, que
permitem em conjunto com funcionários polivalentes atender a diferentes volumes
e variedades de pedidos dos clientes. (TUBINO, 1997, P.152).
Processos
em lotes frequentemente pode se parecer com os de jobbing, mas os
processos em lotes não têm o mesmo grau de variedade dos de jobbing. Como
o nome indica, cada vez que um processo em lotes produz um produto, é produzido
mais do que um produto. ““ Desta forma, cada parte da operação tem períodos em
que se está repetindo, pelo menos enquanto o “lote” ou a” batelada” está sendo
processado. O tamanho do lote poderia ser apenas de dois a três produtos; neste
caso, o processo em lotes diferiria pouco do jobbing, especialmente se
cada lote for um produto totalmente novo. Inversamente, se os lotes forem
grandes, e especialmente se os produtos forem familiares à operação, os
processos em lotes podem ser relativamente repetitivos. Por esse motivo, o
processo em lotes pode ser baseado em uma gama mais ampla de níveis de volume e
variedade do que outros tipos de processos.
Exemplificação







Os processos em lotes ou em bateladas incluem uma
ampla gama de relações volume-variedade. O que os caracteriza é a similar idade
entre os distintos produtos que proporciona um maior grau de repetibilidade.
Exemplos: Autopeças, Menor variedade que o
processo de Jobbing, porém maior volume de produção.


Exemplos produtivos:







6 CICLO DE VIDA DO PRODUTO UTILIZANDO O SAP/R3 NA
ADMINISTRAÇÃO DE LOTES.
6.1 O SAP/R3
SAP é um
software de Gestão Empresarial criado por uma empresa alemã que tem o mesmo
nome SAP AG (SAP associação anônima). O significado da sigla é uma abreviação
de Systeme, Anwendungen und Produkte in der Datenverarbeitung, no idioma
alemão, que quer dizer, em português Sistemas, Aplicativos e Produtos para
Processamento de Dados.
6.1.1 O
inicio
O software
SAP nasceu em 1972 com a segunda versão do "R/1" ou "real-time
data processing", um software de gestão contábil criado pela empresa, a
versão "SAP R/2" ou "Real time System Version 2", foi o
primeiro produto de sucesso criado pela empresa, pois era constituído por
vários módulos e foi utilizado até 1995 por quase duas mil empresas no mundo.
6.1.2 A
Evolução
A versão R/3
ou SAP R/3 oferece diversas funcionalidades que as grandes corporações
necessitam, através dos seus módulos que contem diversas aplicações voltadas às
áreas de negócio. Esses módulos atendem as necessidades nas áreas de produção,
finanças, vendas e distribuição e recursos humanos.
No Brasil,
hoje, o SAP é um sistema bem difundido, utilizado por empresas representativas
como a CEMIG, Embraer, Bunge, Usiminas, Petrobras, Copasa, Braskem, entre diversas outras grandes empresas.
6.1.3 Suas características
O SAP R/3 é
constituído por processos de negócio baseados em práticas consagradas no mundo
dos negócios. O sistema oferece o processamento de informações em verdadeiro
tempo real ao longo da empresa onde estiver implementado. Em função da forma
que o software é bem configurável ele se torna compatível com todos os
seguimentos de negócios e a disponibilidade das informações que ele promove faz
dele o software mais bem aceito em todo mundo, se tornando o top entre todos os
softwares ERP.
6.1.4
Os módulos
Existem diversos módulos que constituem o SAP R/3, são eles:








Estes
módulos podem ser ajustados para se adaptarem às características da empresa de
forma que as alterações nos processos práticos da organização sejam
minimizadas.
6.2 CICLO DE
VIDA DO PRODUTO
6.2.1 Finalidade
A Administração
do ciclo de vida do produto é uma coleção de soluções com as quais o
usuário digitalmente cria, atualiza e torna disponível em toda a sociedade e
para todo o ciclo de vida de um produto informações sobre o produto.
Do mesmo modo que uma sociedade ambiciosa, o
usuário não deseja apenas estar no mesmo nível da concorrência internacional,
mas sim aumentar a competitividade no campo de novas tecnologias de informação.
Somente uma sociedade flexível que aperfeiçoa o trabalho diário em todas as
fases do ciclo de vida de um produto pode atingir uma superioridade competitiva.
A qualidade do produto, a qualidade do processo e a administração do
conhecimento são fatores essenciais à competitividade em todas essas fases. Com
os meios de comunicação da Internet, o usuário aperfeiçoa os processos e
modelos empresariais para relações industriais.
6.2.2 Características
O que é
PLM?
PLM
(Product Lifecycle Management), ou seja, gerenciamento do ciclo de vida do
produto é uma ferramenta que auxilia as organizações a alcançarem seus
objetivos enquanto, de maneira continua, reduzem os custos, protegem suas
informações, aumentam a qualidade e reduzem o tempo na execução e o “Time to
Market” (ou seja, a diminuição do tempo gasto entre a criação e disponibilidade
do produto no mercado).
O gráfico a seguir mostra as aplicações permitidas
pela PLM.
As inúmeras funções estão disponíveis nas seguintes
aplicações:
Aplicação
|
Tarefa
|
Estruturas de processos e do
produto
|
Com essas funções, o usuário atualiza dados do
produto (como listas técnicas de material e outros dados básicos como
documentos e materiais, por exemplo), além de dados do processo (como listas
de tarefas ou ordens de produção).
|
Administração de programas
|
Com as funções do sistema de projetos da SAP, o
usuário pode planejar projetos. Por exemplo, o usuário pode atualizar o
Project Builder, as estruturas do projeto e os dados do projeto e, depois,
executar a contabilidade de custos e o planejamento de orçamento.
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Modificação do ciclo de vida e
administração da configuração
|
Com as funções de Controle de modificações,
Administração da modificação de ordens, Administração da configuração e
Administração de reivindicações, o usuário organiza o desenvolvimento e os
processos de modificação em todas as fases do ciclo de vida.
|
Engenharia de colaboração
|
Esta função torna mais fácil a comunicação com
parceiros externos de negócios em termos de internet.
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6.3 ADMINISTRAÇÃO DE LOTES
6.3.1Finalidade
Em vários setores – especialmente na indústria de
processo –, é necessário trabalhar com quantidades parciais de um material ou
produto em toda a cadeia logística de quantidades e valores.
Existem vários motivos para isso:





6.3.2
Integração
A Administração de lotes está integrada em todas as
aplicações do sistema R/3. Ela apóia a administração e o processamento de lotes
em todos os processos de negócios de uma sociedade.
6.3.3 Características

o
Utilizar
esta função para atribuir a um lote um número que o identifique de maneira
exclusiva.

o
Utilizar
esta função para descrever cada lote de maneira exclusiva, por meio de
características e valores de característica. Indicar o intervalo de valores
permitidos no registro mestre de materiais atribuídos.

o
Utilizar
esta função para indicar se um lote pode ou não ser utilizado. É possível
definir esse status:
§ Manualmente, no registro mestre
do lote ou na entrada de mercadorias;
§ Automaticamente, durante a
decisão de utilização na administração de qualidade.

o
Com essa
função, é possível utilizar vários critérios para pesquisar lotes que estão em
estoque, por exemplo:
§ Ao lançar saídas de mercadorias;
§ Ao combinar componentes de
material adequados para ordens de produção e ordens de processo;
§ Ao criar uma remessa de acordo
com as necessidades específicas do cliente.




o
Utilizar
esta função para administrar e processar materiais com ingredientes ativos
sujeitos a processamento em lotes.
6.4 LOTE
6.4.1 Definição
A quantidade total ou parcial de um determinado
material ou produto que foi produzido de acordo com a mesma receita e que
representa uma unidade homogênea e não reproduzível com especificações
exclusivas.
6.4.2 Estrutura
O objeto de lote contém os
seguintes campos-chave:



O campo-chave do centro é relevante somente se o
nível de centro estiver selecionado como Nível de lote.
6.4.3 Integração
É possível utilizar lotes em
todos os processos da cadeia logística.
Os lotes


6.5 ADMINISTRAÇÃO DE LOTES EM LOGÍSTICA
6.5.1 Objetivo
A cadeia de processos a seguir mostra como a
administração de lotes pode ser feita quando integrada ao componente relevante
do sistema SAP.
6.5.2 Fluxo do processo
6.5.2.1 Vendas e distribuição

O usuário combinou previamente com o cliente que os lotes do material a ser fornecido devem atender a determinadas especificações;


6.5.2.2 Produção




6.5.2.3 Compras

6.5.2.4 Entrada de mercadorias



6.5.2.5 Administração de qualidade









6.5.2.6 Administração de depósito


6.5.2.7 Administração de estoques





6.5.2.8 Vendas e distribuição



6.6 NÍVEL DO LOTE
6.6.1 Utilização
É possível administrar lotes em diferentes centros
para vários materiais. Por isso, é necessário que os lotes sejam identificados
de forma exclusiva. No sistema SAP, o número de lote identifica o lote de forma
exclusiva. Utilizar o nível do lote para determinar se o número do lote
de um material é exclusivo em um único centro ou em todos os centros.
6.6.2 Pré-requisitos
Selecionar o nível do lote no Customizing da Administração
de lotes em Determinar nível do lote e ativar administração do status do
lote.
6.6.3 Características
6.6.3.1 Níveis do lote

o
No caso do número do lote ser conhecido apenas no
centro em que foi criado, se o estoque é transferido para outro centro, o lote
é desconhecido no centro receptor; e o sistema não aceita os dados. É preciso
recriar e determinar o lote no centro receptor; ou seja, o mesmo número de lote
pode ter especificações diferentes em diversos centros.

o
O mesmo número de lote tem o mesmo significado para
o material em todos os centros. Um número de lote não pode ter especificações
diferentes em centros diferentes. Durante a transferência de estoque para outro
centro, a especificação do lote é conhecida no centro de destino, mesmo que o
lote seja colocado no depósito nesse centro pela primeira vez.

6.7 Especificações de lotes
6.7.1 Finalidade
As especificações de lotes descrevem as
propriedades técnicas, físicas e/ou químicas de um lote. É possível gravar
especificações de lotes, tais como status do lote ou potência do ingrediente
ativo, como características no Sistema de classificação.
Os lotes
de pintura de veículos são definidos pelo valor da cor, viscosidade e data de
vencimento. É possível gravar as características de valor da cor, viscosidade e
data de vencimento dessas propriedades no sistema de classificação e atribuir
os respectivos valores a cada lote.
O usuário
pode utilizar o sistema de classificação para atribuir as especificações ao
material de um lote. Essas especificações de material são atribuídas à mesma
classe dos lotes dos materiais. Por isso, é possível gravar os valores fixados
de um lote com o respectivo intervalo de tolerância. Esses valores fixados são
utilizados no controle de qualidade ou durante a operação de entrada de
mercadorias, por exemplo, quando é necessário classificar um lote
imediatamente. Os valores também são empregados na verificação de utilização.
No material, ficam gravados os intervalos fixados
para todas as características. Como o lote pertence à mesma classe do material,
recebe as características do material automaticamente. Para cada lote
individual, entrar os valores reais exatos.
6.7.2 Integração
Para utilizar especificações de lotes, o usuário deve instalar o sistema
de classificação.
Função desejada
|
Componente
obrigatório
|
Decisão de utilização para
lotes
|
Administração de qualidade
|
Pesquisa de lotes por meio de
especificações
|
Determinação de lotes
|
6.7.3 Características






6.8 CRIAÇÃO DE UM REGISTRO MESTRE DE LOTE
6.8.1 Utilização
Utilizar esta função para entrar
dados de lote em um registro mestre separado.
6.8.2 Pré-requisitos
Só é possível criar lotes e registros mestre de
lote para um material que esteja sujeito a processamento em lotes. Para isso, o
usuário deve definir o código Administração de lotes no registro mestre
de materiais.
6.9 ADMINISTRAÇÃO DO STATUS DO LOTE
6.9.1 Finalidade
Utilizar esta função para indicar se um lote pode
ou não ser utilizado. Isso evita movimentos de mercadorias para lotes não
utilizáveis, bem como seu fornecimento aos clientes e sua utilização na
Produção. É possível utilizar outras características adaptadas pelo usuário às
suas necessidades para exibir em detalhes as diferenças entre os dois status.
Dessa maneira, o usuário pode indicar para que tipo de utilização um lote
esteja ou não liberado.
6.9.2 Integração
O nível em que o usuário define os lote a serem
processados determina os centros em que a administração do status é utilizada
para um material sujeito a lotes.
Nível do lote
|
Administração de
status
|
Nível do material ou do
mandante
|
Automaticamente em todos os centros
|
Nível de centro
|
Pode ser selecionado para centros individuais
|
6.9.3 Características





6.10 DETERMINAÇÃO DE LOTES
6.10.1 Objetivo
No processo de logística, isto é, do suprimento
para vendas, sempre é necessário definir lotes para as transações comerciais
individuais. É possível utilizar a determinação de lotes para todos os tipos de
movimento de mercadorias do depósito para procurar os lotes que atendem
às especificações definidas.
6.10.2 Características



6.11 LISTA DE UTILIZAÇÕES DO LOTE
6.11.1 Finalidade
Este componente determina como um lote é criado e
utilizado no Planejamento da produção (PP), por meio de várias etapas da
produção, e exibe o resultado em uma lista.
É possível utilizá-lo para descobrir:


Isso é importante em caso de reclamações e dúvidas
sobre a segurança do produto, se a composição de produtos semi-acabados e
acabados precisa ser documentada em todos os níveis da produção. O tipo de
material não é importante.
Além dos lotes, o sistema também exibe ordens de
produção, ordens de subcontratação e lotes de fornecedor. Isso permite rastrear
a evolução de um lote em cada etapa da produção.
A lista é utilizada para todos os centros, mas
também pode ser restringida a determinados centros.
6.11.2 Restrições
Não é possível utilizar a função de lista de
utilizações do lote para pedidos ou ordens de produção com classificação
contábil, uma vez que as entradas de mercadorias são inseridas sem definição de
um número de lote.
Quando vários lotes de saída são produzidos em uma
ordem de processo ou de produção, o sistema forma um total para os lotes de
entrada e de saída na lista de utilizações do lote. Em relação ao número da
ordem de processo ou de produção, a lista de utilizações do lote não pode
estabelecer distinção entre as várias entradas/saídas (taxas).
6.12 UNIDADES DE MEDIDA ESPECÍFICAS DO LOTE
6.12.1 Objetivo
Em alguns setores industriais (por exemplo,
farmacêutico, químico, siderúrgico ou de papel), a composição ou os atributos
dos produtos variam bastante. Por isso, não é possível utilizar um fator de
conversão fixo para converter as quantidades desses produtos em várias unidades
de medida. Em vez disso, cada lote precisa receber um fator de conversão
individual.
Este componente permite processar
esses materiais em toda a cadeia logística.
6.12.2 Produtos farmacêuticos / químico-alimentícios
etc. (Processamento de substâncias ativas)
Esses materiais contêm uma ou mais substâncias
ativas, substâncias concentradas, materiais de transporte ou impurezas etc. A
potência das substâncias ativas varia de um lote para outro.
A massa total das substâncias ativas e dos
materiais de transporte etc. é a quantidade física ou a quantidade ponderada.
Os movimentos de mercadorias e de estoque desses
materiais são efetuados em quantidades físicas. No entanto, a avaliação, o
cálculo de custos, as verificações de disponibilidade e o planejamento são
efetuados com base na quantidade da substância ativa.
A proporção da substância ativa (relação entre a
quantidade da substância ativa e a quantidade física ou total) permanece
constante para cada lote. A quantidade da substância ativa pode, portanto, ser
calculada a partir da quantidade física e vice-versa. Isso significa que só é
necessário definir uma unidade, pois a outra pode ser calculada de forma
automática.
6.12.3 Aço/papel/madeira/produtos têxteis etc.
Esses materiais estão sujeitos a lotes. Entre
outros aspectos, esses lotes indicam o nível do produto. Há uma relação fixa
entre o número de unidades e o peso de cada lote; o peso unitário. A quantidade
do pedido é listada em unidades, mas faturada em quilogramas.
6.12.4 Integração
O componente trabalha com Unidades de medida
específicas do lote.
Em geral, para a conversão de quantidades totais em
quantidades específicas do lote, como quantidades de proporção ou quantidades
do produto:


Antes de conhecer o fator de conversão real ou do
lote, o sistema utiliza o fator de conversão planejado, do registro mestre de
material, para calcular as quantidades específicas do lote.
Quando o fator de conversão real ou do lote é
conhecido, o sistema utiliza o fator de conversão real, do registro mestre de
material, para calcular as quantidades específicas do lote.
O intervalo planejado para o fator de conversão é
gravado no registro mestre de material. Na entrada de mercadorias ou na criação
de um novo lote, o sistema verifica se o fator de conversão entrado está
contido no intervalo planejado do material.
6.12.4 Características
O componente permite utilizar tanto quantidades específicas
do lote como quantidades físicas para as seguintes funções:







Na entrada de mercadorias, é possível entrar a
quantidade total em quilogramas ou apenas a quantidade da substância ativa.


Na determinação do preço, o usuário inclui, por
exemplo, apenas uma proporção específica da substância ativa do produto. Isso
significa que é possível incluir diferentes proporções de substância ativa na
determinação do preço.
6.13 Verificação e cálculo da data do vencimento
6.13.1 Utilização
Em geral, os lotes de materiais que não podem ser mais utilizados ou
vendidos, após determinado período de tempo, recebem uma data de vencimento
(DtaVenc.). Esta função calcula a data de vencimento (DtaVenc.) a partir do
prazo de validade e da data de produção, nos seguintes procedimentos:


6.13.2 Características

Se um
prazo de validade não estiver definido, o usuário deve entrar manualmente a
data de vencimento (DtaVenc.) no documento de entrada de mercadorias.




As datas
de vencimento (DtaVenc.) definidas manualmente não são arredondadas.
·
Verificação do tempo restante de validade, para
lotes que foram processados externamente, por exemplo.
Se o
tempo restante de validade mínimo estiver definido no registro mestre de
materiais, o sistema calcula o tempo restante de validade a partir da data da
entrada de mercadorias até a DtaVenc. O tempo restante de validade deve ser
superior ao tempo restante de validade mínimo para que o lote seja aceito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante as diversas etapas
desta pesquisa, percebemos que foi captada várias nuances, na elaboração deste
trabalho, não somente na produção em lote, como também em todo o contexto que
envolve os processos manufatureiro, desde a busca por informação, a discussão,
a diagramação e a digitação. Fomos descobrindo que existem inúmeros fatores e
fases a serem processados para chegarmos ao produto final.
Ficou evidenciado
que, uma organização produtiva necessita de um planejamento e controle
sistêmico constante em sua cadeia manufatureira, utilizando-se de meios adequados
ao que se pretende produzir. Para garantir qualidade, baixo custo e apta a
competir no mercado consumidor em condições de igualdade, é necessário que se
busque o suporte da tecnologia da informação, como ferramenta de otimização e
mensuração no contexto programático das suas atividades produtivas.
Este trabalho foi
um desafio ímpar para o grupo, ousamos mesmo sem ter nenhum conhecimento
operacional, sobre qualquer processo produtivo e com limitações no que se
refere a qualquer software de Gestão Empresarial. Fomos além ao fazer uma
odisseia tecnológica, no Ciclo de Vida do produto utilizando o SAP/R3 na
administração de lotes.
Somos altamente
conscientes que, a produção de um bem (produto) não está apenas direcionada a
organizações de grande porte, vimos que num país de dimensões continentais, com
etnias, credos e culturas diferentes, consequentemente surgem consumidores com
demandas variadas e, independentemente do porte da organização, todas têm que
buscar de forma contínua, uma qualidade, desde seus insumos (recursos e agentes),
facilitando os processos diversos para obtenção de resultados (bens). Para
garantir a sobrevivência de uma empresa, é imprescindível que esta, nunca deixe
de adotar políticas sustentáveis visando sempre um bem comum através da
renovação dos meios produtivos com responsabilidade e compromisso com a
sobrevivência humana.
REFRÊNCIAS
|
CLÍMACO, R. R. Tecnologia de
grupo e manufatura celular aplicadas ao projeto de leiaute industrial para
pequenas e médias empresas: simplificação do fluxo de produção de uma empresa
metal mecânica. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG,
Brasil, 21 a 24 de out de 2003.
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MIYAGI, P. E. Introdução a Simulação Discreta.
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de
Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos, São Paulo, 2004.
|
MONTEVECHI, J.A.B. Apostila do curso de simulação.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de
Itajubá, Itajubá, MG, 2004.
|
MONTEVECHI, J.A.B.; DUARTE, R.; NILSON, G.V. O uso da simulação para
análise do layout de uma célula de manufatura. Revista Pesquisa e
Desenvolvimento Engenharia de Produção, 2003.
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MOORE H. J. & WEATHERFORD R. L. Tomada de Decisão em
administração com Planilhas Eletrônicas. 6. Ed. Porto Alegre:
Bookman, 2005.
|
MOREIRA, Daniel A. Administração da Produção e Operações.
Editora Pioneira, São Paulo 1993.
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NAKAYAMA, A. Y. Análise de margem de contribuição e
capacidade produtiva por programação linear e simulação para apoio em tomada
de decisão num sistema de manufatura. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) Pós Graduação
da Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, São Paulo, 2005.
|
OLIVEIRA, F. A. de. A gestão baseada em atividade (ABM)
aplicada em ambientes celulares: uma abordagem metodológica. Dissertação (Mestrado em Eng. de
Produção) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade
Federal de Itajubá, Itajubá, MG, 2003.
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PERALES, W. Classificações dos sistemas de produção.
UFRN / CT / DEPT, Campus Universitário, Natal RN. 2006.
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PEREIRA, I. C. Proposta de Sistematização da Simulação
para Fabricação em Lotes.
Dissertação (Mestrado em Eng. de Produção) Programa de Pós-Graduação
em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Itajubá, Itajubá, MG,
2000. USP, São Carlos, SP, 2005.
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ROSA, E. B. Racionalização da produção.
Apostila do curso de Pós-Graduação Especialização em Produtividade e
Qualidade – UNIFEI, 2002. RUSSOMANO, V. H. Planejamento e controle da produção. 6 ed. São Paulo:
Pioneira, 2000.
|
SILVA, W. A. da. Otimização de parâmetros da Gestão Baseada
em Atividades (ABM) aplicada em uma célula de manufatura. Dissertação (Mestrado apresentada
ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção), Universidade Federal
de Engenharia de Itajubá, Itajubá, 2005.
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SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 2 ed. 7 reimpressão. São Paulo:
Atlas, 2007.
|
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção.
2 ed. São Paulo: Editora Atlas S.A. 2002.
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ZACARELLI, S. B. Programação e Controle da Produção.
5. ed. São Paulo: Pioneira, 1979.
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