|
MERCADO DE OPÇÕES
SUMÁRIO
|
||
1 |
INTRODUÇÃO
|
|
5 |
2 |
MERCADOS
DERIVATIVOS
|
|
7 |
2.1 |
MERCADOS
DE DERIVATIVOS: CONCEITOS BÁSICOS
|
|
7 |
2.2 |
TIPOS
DE MERCADOS DE DERIVATIVOS
|
|
7 |
2.2.1 |
Mercado a termo
|
|
8 |
2.2.2 |
Mercado futuro
|
|
8 |
2.2.3 |
Mercado de Opções
|
|
8 |
2.2.4 |
Mercado de swap
|
|
9 |
2.3 |
CLASSIFICAÇÃO
DOS DERIVATIVOS
|
|
9 |
2.3.1 |
Hedge (proteção)
|
|
9 |
2.3.2 |
Alavancagem
|
|
10 |
2.3.3 |
Especulação
|
|
10 |
2.3.4 |
Arbitragem
|
|
10 |
2.4 |
PARTICIPANTES
DOS MERCADOS DE DERIVATIVOS
|
|
10 |
2.4.1 |
Hedger
|
|
11
|
2.4.2 |
Especulador
|
|
11
|
2.4.3 |
Arbitrador
|
|
11
|
2.5 |
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO MERCADO DE DERIVATIVOS
|
|
12
|
2.6 |
VANTAGENS DO MERCADO DE DERIVATIVOS
|
|
12
|
2.7 |
DIFERENÇA
ENTRE DERIVATIVOS NÃO‐PADRONIZADOS
E PADRONIZADOS
|
|
12
|
3 |
MERCADO DE OPÇÕES
|
|
13
|
3.1 |
PREÇO DE EXERCÍCIO E DATA DE EXERCÍCIO |
|
14
|
3.2 |
MODALIDADES
E TIPOS DE OPÇÕES
|
|
14
|
3.2.1 |
Opções de Compra
|
|
15
|
3.2.2 |
Opções de Venda
|
|
15
|
3.3 |
OPÇÕES
TENDO COMO OBJETO AÇÕES
|
|
16
|
3.4 |
O MERCADO DE OPÇÕES EM
BOLSA DE VALORES
|
|
16
|
3.5 |
COMO OPERAR OPÇÕES
|
|
17
|
3.6 |
SELECIONANDO OPÇÕES
|
|
18
|
3. 7 |
NEGOCIANDO OPÇÕES
|
|
18
|
3.8 |
PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES –
COMO SÃO FORMADOS OS PREÇOS DAS OPÇÕES
|
|
19
|
3.9 |
LANÇAMENTO DE OPÇÕES
|
|
20
|
3.9.1 |
Lançamento de Opções Coberto
por Ações
|
|
21
|
3.9.2 |
Lançamento de Opções Coberto
por Opções
|
|
21
|
3.9.3 |
Lançamento Descoberto de Opções
|
|
22
|
4 |
CONCLUSÃO
|
|
23
|
|
REFERÊNCIAS
|
|
24
|
1 INTRODUÇÃO
O preço e o retorno de qualquer
instrumento financeiro estão sujeitos a flutuações imprevisíveis. Nesse
sentido, as opções são instrumentos de gerenciamento de risco (servem para
adaptar o risco às expectativas e à capacidade financeira do investidor), e
podem ser usadas para limitar o risco dos portfólios em caso de mudança
inesperada no preço das ações.
Além disso, o mercado de opções oferece
outras vantagens, tais como a possibilidade de alavancagem dos investimentos
(aumento do retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do
capital investido), menores custos de transação (em comparação, por exemplo,
com o investimento em ações), indicação da volatilidade do preço das ações,
flexibilidade na montagem de estratégias de investimento.
Contudo, o mercado de opções apresenta
alguns riscos dos quais os investidores devem estar conscientes (apresentados
abaixo). Por exemplo, a alavancagem significativa proporcionada pelas opções
pode gerar ganhos substanciais sobre uma pequena quantia do capital investido,
mas também grandes prejuízos.
Além desses riscos específicos, o
investidor em opções está igualmente sujeito às forças mais gerais que regem a
oferta e a demanda, e aos riscos associados ao ativo-objeto compra) ou vender
(opção de venda) o objeto de negociação, até ou em determinada data, por preço
previamente estipulado. A outra parte, em contrapartida, assume o dever de
vender (opção de compra) ou comprar (opção de venda) tal objeto de negociação,
que são contratos padronizados representativos de um ativo financeiro ou de um
Mercado de Opções é o mercado em que são negociados direitos de compra ou venda
de um lote de ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos.
Esse mercado foi criado com o objetivo
básico de oferecer um mecanismo de proteção ao mercado de ações contra
possíveis perdas. Uma vez que os preços e retornos dos instrumentos financeiros
estão sujeitos a flutuações imprevisíveis, as opções podem ser usadas para
adaptar o risco às expectativas e metas do investidor. Os participantes do
mercado que usam opções para limitar os riscos de oscilação de preços
(operações de "hedge") são conhecidos como "hedgers".
Entretanto, o mercado também precisa de participantes que estejam dispostos a
assumir o risco: estes são chamados "especuladores".
As opções permitem que o investidor
"alavanque" sua posição, aumentando o retorno potencial sobre um
investimento sem aumentar o montante do capital investido, pois o capital
investido inicialmente para comprar uma opção é relativamente pequeno em
comparação com o ganho.
Contudo, quando dois investidores se
comprometem em uma operação a ser realizada no futuro, os riscos são evidentes.
Um dos investidores pode tentar cancelar a operação ou simplesmente pode não
ser capaz de honrá-la financeiramente. Por esse motivo, todo capital aplicado
em opções pode ser perdido, e o investidor (comprador) deve estar ciente desse
risco. Por sua vez, o lançador de uma opção deve ter capacidade financeira para
cobrir eventuais prejuízos potencialmente vultosos, bem como dispor de
garantias suficientes para atende às exigências de margem.
2 MERCADOS
DERIVATIVOS
2.1
MERCADOS DE DERIVATIVOS: CONCEITOS BÁSICOS
Derivativo é um
contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado
com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço de um outro ativo
(e.g. uma ação ou commodity), a inflação acumulada no período, a taxa de
câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável dotada de significado
econômico. Derivativos recebem esta denominação porque seu preço de compra e
venda deriva do preço de outro ativo, denominado ativo-objeto.
O
mercado de derivativos tem como principal função disponibilizar ferramentas
para o gerenciamento de riscos, ou seja, transferência de riscos inerentes aos
ativos nos quais são baseados entre as partes contratantes.
No início do desenvolvimento dos
mercados financeiros, os derivativos foram criados como forma de proteger os
agentes econômicos (produtores ou comerciantes) contra os riscos decorrentes de
flutuações de preços, durante períodos de escassez ou superprodução do produto
negociado.
Atualmente, no entanto, a ideia
básica dos agentes econômicos, ao operar com derivativos, é obter um ganho
financeiro nas operações de forma a compensar perdas em outras atividades
econômicas. Desvalorização cambial e variações bruscas nas taxas de juros são
exemplos de situações que já ocorreram na economia, nas quais os prejuízos
foram reduzidos ou até se transformaram em ganhos para os agentes econômicos
que protegeram os seus investimentos realizando operações com derivativos.
2.2
TIPOS DE MERCADOS DE DERIVATIVOS
São
quatro: a termo, futuro, de opções e de swap. Alguns analistas não consideram
os swaps uma modalidade de derivativo devido a sua semelhança com o mercado a
termo.
2.2.1 Mercado a termo
Como
comprador ou vendedor do contrato a termo, você se compromete a comprar ou
vender certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço
fixado, ainda na data de realização do negócio, para liquidação em data futura.
Os contratos a termo somente são liquidados integralmente no vencimento. Podem
ser negociados em bolsa e no mercado de balcão.
2.2.2 Mercado futuro
Deve‐se entender o mercado futuro como uma
evolução do mercado a termo. Você se Compromete a comprar ou vender certa
quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro) por um preço estipulado
para a liquidação em data futura.
A
definição é semelhante, tendo como principal diferença a liquidação de seus
compromissos somente na data de vencimento, no caso do mercado a termo. Já no
mercado futuro, os compromissos são ajustados financeiramente às expectativas
do mercado referentes ao preço futuro daquele bem, por meio do ajuste diário
(mecanismo que apura perdas e ganhos). Além disso, os contratos futuros são
negociados somente em bolsas.
2.2.3 Mercado de Opções
O Mercado
de Opções é o mercado em que são negociados direitos de compra ou venda de um
lote de ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos.
Esse
mercado foi criado com o objetivo básico de oferecer um mecanismo de proteção
ao mercado de ações contra possíveis perdas. Uma vez que os preços e retornos
dos instrumentos financeiros estão sujeitos a flutuações imprevisíveis, as
opções podem ser usadas para adaptar o risco às expectativas e metas do
investidor. Os participantes do mercado que usam opções para limitar os riscos
de oscilação de preços (operações de "hedge") são conhecidos como
"hedgers". Entretanto, o mercado também precisa de participantes que
estejam dispostos a assumir o risco: estes são chamados
"especuladores".
As opções
permitem que o investidor "alavanque" sua posição, aumentando o
retorno potencial sobre um investimento sem aumentar o montante do capital
investido, pois o capital investido inicialmente para comprar uma opção é
relativamente pequeno em comparação com o ganho.
2.2.4 Mercado de swap
No mercado de swap, negocia-se a troca
de rentabilidade entre dois bens (mercadorias ou ativos financeiros). Pode-se
definir o contrato de swap como um acordo, entre duas partes, que estabelecem a
troca de fluxo de caixa tendo como base a comparação da rentabilidade entre
dois bens. Por exemplo: swap de ouro x taxa prefixada. Se, no vencimento do
contrato, a valorização do ouro for inferior à taxa prefixada negociada entre
as partes, receberá a diferença a parte que comprou taxa prefixada e vendeu
ouro. Se a rentabilidade do ouro for superior à taxa prefixada, receberá a
diferença a parte que comprou ouro e vendeu taxa prefixada. Você deve observar
que a operação de swap é muito semelhante à operação a termo, uma vez que sua
liquidação ocorre integralmente no vencimento.
2.3
CLASSIFICAÇÃO DOS DERIVATIVOS
Existem
três principais categorias diferentes:
Derivativos
agropecuários: têm como ativo-objeto commodities agrícolas, como café, boi,
milho, soja e outros.
Derivativos
financeiros: têm seu valor de mercado referenciado em alguma taxa ou índice
financeiro, como taxa de juro, taxa de inflação, taxa de câmbio, índice de
ações e outros.
Derivativos
de energia e climáticos: têm como objeto de negociação energia elétrica, gás
natural, créditos de carbono e outros.
Os derivativos são operados no mercado
financeiro com quatro principais finalidades:
2.3.1 Hedge (proteção)
Proteger
o participante do mercado físico de um bem ou ativo contra variações adversas
de taxas, moedas ou preços. Equivale a ter uma posição em mercado de
derivativos oposta à posição assumida no mercado a vista, para minimizar o
risco de perda financeira decorrente de alteração adversa de preços.
2.3.2 Alavancagem
Diz‐se que os
derivativos têm grande poder de alavancagem, já que a negociação com esses
instrumentos exige menos capital do que a compra do ativo a vista. Assim, ao
adicionar posições de derivativos a seus investimentos, você pode aumentar a
rentabilidade total destes a um custo mais barato.
2.3.3 Especulação
Tomar
uma posição no mercado futuro ou de opções sem uma posição correspondente no
Mercado a vista. Nesse caso, o objetivo é operar a tendência de preços do
mercado.
2.3.4 Arbitragem
Tirar
proveito da diferença de preços de um mesmo produto/ativo negociado em mercados
diferentes. O objetivo é aproveitar as discrepâncias no processo de formação de
preços dos diversos ativos e mercadorias e entre vencimentos.
2.4
PARTICIPANTES DOS MERCADOS DE DERIVATIVOS
Diante da dinâmica existente no mercado de derivativos,
os agentes econômicos podem se posicionar
de acordo com sua análise de cenário para aquele ativo-objeto, ou até mesmo
aproveitar oscilações em outros
mercados. O desenvolvimento do mercado de bolsas de valores e derivativos como
forma de financiamento de empresas, forçou a especialização de seus
participantes, de acordo com sua atuação nesse mercado.
É
importante entender que a existência e a atuação dos três participantes são
imprescindíveis para o sucesso do mercado de derivativos. As funções de uns
complementam as de outros em uma relação ativa e permanente. Somente isso
garante um mercado de derivativos forte e líquido.
Esses
participantes podem ser identificados numa das seguintes categorias:
2.4.1 Hedger (protetor)
É
a pessoa ou empresa que deseja proteger-se contra variações de preços, taxas ou
índices. Para isso, o hedger utiliza-se de instrumentos financeiros de
derivativos para assegurar o preço futuro de seu produto ou taxa. O caso mais
corriqueiro é a do produtor de commodity (soja, por exemplo), que deseja
assegurar antecipadamente o preço de seu produto após a colheita. Para isso irá
efetuar um contrato a termo ou comprará uma opção de venda. O hedger pode,
igualmente, procurar proteção contra a elevação das taxas de juros pós-fixada
contratada na aquisição de financiamento, ou assegurar a taxa de câmbio que
incidirá, no recebimento, sobre seus produtos exportados.
2.4.2 Especulador
É a pessoa ou empresa que, não estando ligada a atividade
relacionada ao bem contratado, assume
o risco de variações de preços, visando a obtenção de lucro. E, portanto, um
elemento fundamental para que o hedger possa
efetuar sua operação, dando liquidez aos contratos. (Ao operar no mercado de
derivativos, o especulador antecipa expectativas de preços, contribuindo para a
sua formação futura e dando-lhe maior transparência). E do senso comum,
no entanto, a identificação do especulador com a manipulação de preços e com a
atitude a ética. Julga-se o especulador como um apostador, que gosta de riscos
e que aposta sempre na derrocada da
contraparte. Na verdade, o risco e inerente a toda atividade econômica.
2.4.3 Arbitrador
É
a pessoa ou empresa que opera em vários mercados simultaneamente com o intuito
de obter lucros em distorções momentâneas de preços. A distorção pode
ocorrer tanto no mercado à vista quanto entre o mercado a vista e o futuro.
Dessa forma, o arbitrador passa a ser responsável pela eliminação de distorções
do mercado, efetuando um importante trabalho de equalização.
O arbitrador é o participante que tem
como meta o lucro, mas não assume nenhum risco. Sua atividade consiste em
buscar distorções de preços entre mercados e tirar proveito dessa diferença ou
da expectativa futura dessa diferença.
2.5 PRINCIPAIS FUNÇÕES DO MERCADO DE DERIVATIVOS
a.
Dar
transparência/visibilidade na formação de preços dos ativos e commodities;
b.
Permitir
transferências de risco de preços;
c.
Possibilidade
de alavancagem de preços;
d.
Possibilidade
de definição do custo futuro do dinheiro na formação das taxas de juros.
2.6 VANTAGENS DO MERCADO DE DERIVATIVOS
a.
Divulgação
dos preços das mercadorias;
b.
Disseminação
de estatísticas;
c.
Garantia
de preços futuros;
d.
Criar
defesas contra variações adversas;
e.
Estimular
a liquidez do mercado;
f.
Atração
do capital de risco;
g.
Melhor
gerenciamento do risco;
h.
Realizações
de grandes negócios com pouco capital e com risco conhecido
2.7
DIFERENÇA ENTRE DERIVATIVOS NÃO‐PADRONIZADOS
E PADRONIZADOS
Os
contratos negociados em balcão, cujas especificações (como preços, quantidades,
cotações e locais de entrega) são determinadas diretamente entre as partes
contratantes, não são intercambiáveis.
Dificilmente
o participante conseguirá transferir sua obrigação a outro porque esse contrato
foi negociado para satisfazer às necessidades dos participantes que o
celebraram, de modo que as partes ficam amarradas umas às outras até a data de
vencimento do contrato.
Já os contratos padronizados e
negociados em bolsa são muito líquidos porque, sendo uniformes, atendem às
necessidades de todos os participantes do mercado. Tais contratos são
intercambiáveis, isto é, podem ser repassados a outros participantes a qualquer
momento.
3 MERCADO DE OPÇÕES
É o mercado onde se negociam opções que são instrumentos
financeiros utilizados no mercado financeiro. Uma opção confere, ao titular, o
direito (e não obrigação) de comprar ou de vender um determinado ativo (ação,
título ou bem qualquer) por um valor determinado.
Opções
são contratos entre compradores e vendedores – contratos que dão a
compradores/vendedores direitos, mas não a obrigação, de comprar/vender o ativo
relacionado, em uma data futura.
Uma opção, como o próprio nome diz,
é de exercício opcional, ela só dá direitos a seu possuidor. O emissor ou
lançador de opções, por outro lado, assume a obrigação de honrar o prometido
pelo papel. Por conta disso, uma opção tem custo adicional, pago pelo
possuidor.
Este
mercado difere dos anteriores por conferir apenas direitos para o comprador e
obrigações para o vendedor de opções, ao
contrário dos mercados a termo e futuros. Dá a seu titular, um direito sobre
algo, mas não uma obrigação, e a seu vendedor, uma obrigação futura, caso
solicitado pelo comprador da opção. Assim, as operações com opções
envolvem um titular e um lançador. Além desses termos, existem outros típicos
dessas operações, citados a seguir:
a.
Titular -
comprador da opção, que adquire o direito vinculado a ela;
b.
Lançador - vendedor da opção, que se obriga a cumprir o
direito cedido ao titular, se por ele exigido;
c.
Prêmio
- preço pago pelo titular ao lançador, decorrente do direito cedido;
d.
Opção
de compra (Call) - opção que fornece ao titular o direito de comprar o ativo
objeto da transação, a um preço predeterminado até certa data (no Brasil, só se
pode exercer o direito na data de vencimento);
e.
Opção de venda (Put)
- opção que fornece ao titular o direito de
vender o ativo, objeto da transação, a um preço predeterminado até certa data
(no Brasil, só se pode exercer o direito na data de vencimento);
f.
Preço
de exercício - preço combinado para a comera ou venda do ativo objeto da
transação;
g.
Data
de exercício - data até a qual deve ser exercido o direito cedido pela opção;
h.
Opções
Americanas - podem ser exercidas a qualquer tempo;
i.
Opções
Europeias - somente podem ser exercidas no vencimento;
j.
Série
de opção - identifica o tipo de opção
(compra/venda), o objeto da transação, a data de vencimento e o preço de
exercício, Significa, portanto, uma padronização, identificando por um nome de
série, todas as opções de mesmas características.
3.1 PREÇO DE EXERCÍCIO E DATA DE EXERCÍCIO
O preço pré-determinado de uma opção
é conhecido como o preço de exercício. Quando uma opção de compra é exercida, o
proprietário (comprador) paga pela ação o preço de exercício. Quando uma opção
de venda é exercida, o proprietário (vendedor) recebe pelas ações o preço de
exercício. A data após a qual a opção deixa de existir corresponde à data de
exercício
3.2 MODALIDADES E TIPOS DE OPÇÕES
No mercado de opções de ações da
BM&F/BOVESPA existem duas modalidades:
Opções
americanas: podem ser
exercidas a qualquer momento até a data de vencimento
Opções
européias: só podem
ser exercidas no dia do seu vencimento.
Há também no mercado de opções da
BM&FBOVESPA dois tipos de opções de ações:
Opções
de compra: conferem
direito ao seu titular (detentor) de comprar ações de uma determinada empresa,
em um preço pré-estabelecido, dentro de um período de tempo pré-acordado.
Opções
de venda: conferem
direito ao seu titular (detentor) de vender ações de uma determinada empresa,
em um preço pré-estabelecido, dentro de um período de tempo pré-acordado.
Algumas
vezes opções são chamadas pelos seus nomes em inglês. Opções de
compra são chamadas de call (call options) e opções de venda são
chamadas de put (put options).
Obviamente,
para cada comprador de uma opção há um vendedor. Portanto, cuidado para não se
confundir com as quatro situações abaixo, pois todas elas são possíveis!
a.
Compra
de opções de compra
b.
Venda
de opções de compra
c.
Compra
de opções de venda
d.
Venda
de opções de venda
3.2.1 Opções de Compra
Opções
de compra são aquelas que dão a você o direito, mas não a obrigação, de comprar
um ativo em uma data futura, por um preço previamente estabelecido. No caso de
opções de compra de ações, o direito é o de comprar as ações pelo preço
pré-estabelecido.
Isso
significa que até uma data pré-determinada (ou, no caso de opções do tipo
europeia, na data de vencimento da opção) você deverá decidir o destino das
opções que possui: se vai exercer seu direito de compra ou não.
Caso
decida exercer seus direitos, você deverá desembolsar o valor correspondente
para a compra/venda do(s) lote(s) de ação (ões). Ao não exercer seu direito até
a data de vencimento você perderá totalmente o valor gasto com opções
compradas. Isso porque após o vencimento a opção simplesmente deixa de existir.
3.2.2 Opções de Venda
Já a opção de venda, conhecida por “put”,
confere ao seu comprador (titular) o direito de VENDER a ação-objeto da opção
na data de seu vencimento (opção do tipo européia) por preço pré-estabelecido –
o preço de exercício. Dessa forma, quando chegar a data do vencimento da opção,
o seu titular poderá vender a ação para o vendedor da put (o lançador da opção)
pelo preço de exercício definido previamente, independentemente do preço que a
ação estiver cotada no mercado naquele momento. Para isso, é necessário que
seja pago ao vendedor da put o valor de seu prêmio negociado em mercado no
momento da aquisição da opção.
Portanto, percebemos que a compra de
opções confere um direito ao titular (comprador) e uma obrigação ao lançador
(vendedor). E que na BM&FBOVESPA, na maioria das vezes, são negociadas
opções de compra sobre ações do tipo americano – as quais podem ser exercidas a
qualquer momento até a data de seu vencimento; enquanto que as opções de venda
sobre ações negociadas nessa bolsa são do tipo europeu – que podem ser
exercidas apenas na data de seu vencimento.
3.3 OPÇÕES TENDO COMO OBJETO
AÇÕES
As
opções, que são uma forma de derivativo, podem ter como objeto, ou seja,
"derivar" de diversos tipos de ativos, tal como uma moeda
estrangeira, por exemplo. No caso das opções negociadas na Bovespa, estas dão o
direito ao seu titular de comprar ou de vender ações em uma data futura, ou
seja, o ativo-objeto
dessas opções são ações.
Quando
o titular opta por comprar ou vender as ações como combinado, diz-se que o
titular está exercendo a
opção. Assim, o ato de exercer a opção é chamado de exercício. O preço de
exercício, estabelecido anteriormente, pode também ser chamado de strike price. Como toda
opção tem uma validade, caso o titular opte por não exercê-la, a opção expira,
ou seja, perde a validade.
3.4 O MERCADO DE OPÇÕES EM
BOLSA DE VALORES
Os
exemplos de Opções de Compra e Opções de Venda servem perfeitamente para
ilustrar como funcionam as opções no mercado opções em bolsas de valores. As
principais diferença entre os contratos de opção dos exemplos e o mercado de
opções em bolsa são as seguintes:
·
Em
bolsa, o contrato de opção é pré-definido e padronizado. Isso significa que
tanto o preço-alvo quando a data de vencimento são fixos e não negociáveis.
·
As
opções são títulos escriturais negociados em bolsas por investidores que não se
encontram fisicamente, ou seja, não sabem (nem precisam saber) quem é a
contraparte. Devido aos parâmetros de negociação de opções serem padronizadas,
compradores e vendedores sabem exatamente o que estão comprando e vendendo,
respectivamente.
·
Por
ser negociadas livremente, o prêmio (preço) da opção varia por diversos
fatores, entre eles a demanda, preço da ação relacionada, prazo de vencimento
etc.
No Brasil, para padronizar as
negociações do mercado de opções, a Companhia Brasileira de Liquidação e
Custódia – CBLC determina uma lista de opções autorizadas para negociação.
Estas opções são as únicas que estão disponíveis para negociação e elas definem
o ativo (ação) associado e preço-alvo.
3.5 COMO OPERAR OPÇÕES
Opções são compradas e vendidas
normalmente via home-broker de sua corretora.
(home-broker é
um sistema oferecido por diversas companhias para conectar seus usuários ao pregão eletrônico no mercado de capitais. Usado como instrumento
para negociação no mercado de capitais via internet, ele permite que sejam
enviadas ordens de compra e venda através do site de uma corretora na internet.).
Para operar com opções você envia
ordens no home-broker como se as opções fossem ações de empresas, exceto
que as opções têm código de negociação diferente.
Algumas
corretoras exigem alguns passos extras para habilitar-se a operar opções. Estes
passos podem ser desde a assinatura de um termo de conhecimento do risco de se
operar opções, até mesmo com a aplicação de testes de avaliação de conhecimento
dos riscos.
Portanto,
o primeiro passo para você operar opções é verificar junto à sua corretora se
sua conta já está habilitada para este tipo de operação.
Com
a conta habilitada para operar opções, o próximo passo é selecionar as opções
que você quer operar.
3.6 SELECIONANDO OPÇÕES
Para
selecionar a opção que deseja operar, você deve determinar:
a.
A
ação associada à opção;
b.
O
preço-alvo da ação;
c.
A
data de vencimento da opção.
Com
estas informações em mãos, você pode consultar a lista de opções disponíveis
para localizar o código da opção. Feito isso, basta utilizar este código no home-broker
normalmente.
Ou
seja, para comprar e vender opções você envia ordens de compra e venda das
opções escolhidas normalmente, como faz com ações. O que muda é que você
informa o código da opção.
Para
ordens de compra e venda de opções você também terá que informar o preço
limite, poderá utilizar ordens STOP. A diferença é que você especifica um
código de opção, ao invés de códigos de ações.
3. 7 NEGOCIANDO OPÇÕES
Este efeito nas negociações das opções
é chamado alavancagem, que é a possibilidade de se controlar grandes
quantias utilizando-se relativamente pouco capital.
Alavancagem
é um dos principais fatores que atraem investidores para o mercado de opções.
Os altos ganhos são atrativos e fazem os investidores menos preparados a se
esquecer de que ela é uma faca de dois gumes: da mesma forma que permite ganhos
elevados, ela pode levar tomar seu capital rapidamente – e é isso o que
acontece na maioria das vezes.
Há,
porém, outro fator de risco inerente a operação com opções. Este fator não é
minimizado pela estratégia de não carregar as opções até a data do vencimento.
Na verdade, não há nada que se possa fazer para diminuir este fator. Ele é
muitas vezes ignorado ou até desconhecido por investidores iniciantes. Ele é
silencioso e corrói valor das opções dia após dia. Trata-se do passar do tempo.
Isso
acontece porque o comprador da opção tem a expectativa de que a ação vai
valer mais que o preço-alvo da opção na data do vencimento, para que ele
obtenha lucro na operação.
No entanto, ao passar uma semana sem ocorra
progresso no preço da ação, fica cada vez mais difícil para ação alcançar o
preço-alvo da opção.
Quanto
mais o tempo passa e a ação permanece no mesmo preço, mas difícil fica para que
ela obtenha a valorização. Ou seja, fica cada vez mais difícil para a ação
alcançar o preço-alvo da opção, que, por isso, se desvaloriza.
Em
determinado momento, torna-se praticamente impossível para a ação
valorizar-se ao ponto de valer mais que o preço-alvo da opção no vencimento.
Quando este momento chega, na prática, a opção “vira pó”, porque dificilmente
você encontraria um comprador que acreditasse que ação se valorizaria tanto em
tão pouco espaço de tempo.
O
efeito do tempo é mais facilmente percebido e gerenciado quando se compreende o
mecanismo de formação de preços das opções.
3.8 PRECIFICAÇÃO DE OPÇÕES –
COMO SÃO FORMADOS OS PREÇOS DAS OPÇÕES.
Para
entender o mecanismo de precificação de opções, é preciso compreender que o
valor (prêmio) das opções se divide em duas partes: o valor intrínseco e
o valor extrínseco.
a.
Valor
intrínseco é o valor que leva a cotação atual da ação ao preço-alvo da opção.
b.
Valor
extrínseco representa todos os fatores que não dependem do preço da ação
associada à opção. Por exemplo, o potencial de valorização da opção,
expectativas dos investidores etc. O valor extrínseco também é conhecido como valor
no tempo.
Se
o valor de uma ação é menor que o preço-alvo de uma opção, então o valor
intrínseco da opções é zero. Assim, o valor da opção se compõe apenas de valor
no tempo e da expectativa de valorização da ação.
Note
que esta discussão sobre precificação opções, valor intrínseco e extrínseco é
apenas explicação teórica sobre como se forma os preços de opções. Na prática,
você encontrará apenas o preço “fechado” da opção no home-broker de sua
corretora.
3.9 LANÇAMENTO DE OPÇÕES
Se
você possui ações de uma companhia e existem opções autorizadas para negociação
desta ação, então você pode oferecer opções de compra ou venda dessas ações.
Isso é feito através do processo de lançamento de opções, que nada mais
é do que colocar à venda as opções de compra ou venda no mercado, lastreadas
nas ações que você possui.
Isso
responde uma das principais dúvidas de iniciantes no mercado de opções: de onde
vêm as opções de ações?
Por
exemplo, se você possui 100 ações da companhia Xyz S.A., você pode fazer o
lançamento opções com a venda de 100 opções de compra desta ação.
O
valor apurado nesta venda entra em sua conta na corretora imediatamente, e pode
ser utilizado sem restrição. Porém, as 100 ações que você possui serão
bloqueadas para negociação pela sua corretora. Afinal elas são a garantia de
que você poderá honrar o compromisso de entregar ações associadas às opções
vendidas, caso elas sejam exercidas.
Lembrando
que, se até o vencimento (ou no vencimento, no caso de opções europeias), o
comprador decidir exercer o direito adquirido com as opções, então você terá
que entregar suas ações pelo preço-alvo da opção que você vendeu.
Na
verdade, teoricamente você não precisa possuir as ações em carteira para
fazer o lançamento de opções. Como opções tratam-se de contratos que só serão
exercidos em uma data futura (se forem), você pode fazer o lançamento opções
lastreado em direitos ou o compromisso de aquisição das ações no futuro.
Isso
nos leva aos três principais tipos de lançamento de opções que podem ser
feitos: o lançamento coberto por ações, por opções, ou o lançamento de opções
descoberto.
3.9.1 Lançamento de Opções Coberto por Ações
O
lançamento coberto em ações é a forma mais simples de lançamento de opções –
você lança opções garantidas por ações que você tem em carteira.
No
exemplo acima da empresa Xyz S.A., as 100 ações em carteira são a garantia das
opções. Caso estas sejam exercidas, então as ações terão que ser entregues pelo
preço-alvo das opções.
3.9.2 Lançamento de Opções Coberto por Opções
Neste
tipo de lançamento de opções, você não possui as ações associadas à opção, mas
sim outras opções da mesma ação.
Caso
você seja exercido nas opções lançadas, você deverá, também, exercer as opções
que comprou. Assim você obtém as ações que serão entregues ao comprador das
opções que você lançou.
Você
deve estar se perguntando como é possível comprar opções e depois lançar
(vender) outras opções de uma mesma ação? Ao fazer isso não se estará fazendo
uma simples operação “à seco”?
Acontece
que opções têm séries com datas de vencimento e preços-alvo diferentes. Muitos
investidores montam intrincadas estratégias com opções envolvendo a compra de
opções com um vencimento/preço-alvo e vendendo (lançando) outras com
vencimentos/preços-alvo diferentes. Como opções variam de forma diferente de
acordo com seu prazo/preço-alvo, a diferença de variação entre as opções
compradas e vendidas é o lucro (ou prejuízo) do investidor.
3.9.3 Lançamento Descoberto de Opções
No
lançamento descoberto de opções, você não possui ações ou opções que garantam
as opções lançadas. Neste tipo de operação, o investidor tem a expectativa de
que o preço da ação vá cair (e, consequentemente, de suas opções) e lança
(vende) as opções para recomprá-las com preço menor, obtendo assim lucro.
Caso
as opções vendidas se valorizem acima do preço vendido, o investidor tem
prejuízo na operação.
Como
ações e opções podem subir indefinidamente, o prejuízo do investidor também é
teoricamente infinito, o que pode levar a perdas muito maiores do que o
capital investido. Somando a isso a volatilidade das opções, então há a
possibilidade de que essas perdas aconteçam muito rapidamente.
Como
vemos, o lançamento descoberto de opções é uma operação de altíssimo risco, que
é evitada até mesmo por investidor profissionais.
Devido
a possibilidade de perdas infinitas, as corretoras normalmente limitam via
conta margem – ou nem mesmo autorizam – este tipo de operação.
4 CONCLUSÃO
O
mercado de opções funciona como uma ferramenta de gerenciamento de risco, um
instrumento de hedge (proteção). Como o nome diz, é uma opção oferecida pelo
mercado para se negociar direitos de compra ou venda de um determinado lote de
ações com preços e prazos de exercício preestabelecidos em um contrato.
A
grosso modo, é uma espécie de financiamento para que, frente às incertezas
inerentes ao mercado de ações, o investidor possa limitar o risco do seu
portfólio em caso, por exemplo, de mudança inesperada no preço da ação. Pelo
direito de compra ou venda o titular de uma opção paga um prêmio, podendo
exercê-lo até a data do vencimento ou revendê-lo ao mercado.
As
opções também são usadas para aumentar o potencial de ganho, diminuir os custos
de transação além de indicar a volatilidade do preço dos papéis no mercado à
vista. Quem escolhe apostar nas opções espera beneficiar-se de uma elevação no
preço da ação com a conseqüente valorização do prêmio.
Para
alguns investidores ainda, as opções servem como alavancagem, já que podem
aumentar o retorno potencial sobre um investimento não sendo necessário
aumentar o montante do capital investido. Isso é possível com opções porque o
capital investido inicialmente para comprar uma opção é relativamente pequeno
se comparado ao ganho.
Exemplo:
Suponha-se que uma companhia brasileira deva pagar US$ 1 milhão a um
determinado fornecedor estrangeiro dentro de três meses. Supondo uma taxa de
câmbio hoje, em torno de R$ 1,67, a empresa gastaria mais de R$ 1,67 milhão. Se
a taxa de câmbio, no entanto, aumentar 10% em três meses, a companhia terá que
desembolsar um montante ainda maior. Para proteger-se desse risco cambial, a
empresa que, no caso, seria o hedger da operação, pode recorrer ao mercado de
opções para transferir o risco a outro participante disposto a assumi-lo, o
especulador, cujo interesse será realizar um ganho substancial em sua posição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário